As maiores torcidas organizadas do estado ficarão de fora dos estádios por cinco jogos. A decisão do Ministério Público foi tomada após confusão no Clássico Rei do último domingo (20), pelo Campeonato Potiguar. Na ocasião, integrantes da Garra Alvinegra, do ABC, e torcedores do América que fazem parte da Torcida Motivação Vibração (TMV) protagonizaram várias episódios violentos do lado de fora do estádio Frasqueirão, na zona Sul de Natal.
A informação da punição às torcidas foi repassada pelo promotor do Ministério Público Luiz Eduardo Marinho, responsável pela implementação do Estatuto do Torcedor no Rio Grande do Norte.
“Já está efetivado. Agora, vamos solicitar à Polícia Militar e também ao ABC as imagens para identificar os torcedores envolvidos na confusão e puni-los individualmente”, declara.
O promotor destaca a importância de que haja punição específica para cada um dos infratores.
“Precisamos, primeiro, individualizar a conduta de quem pratica o crime. Ele pratica e no jogo seguinte está lá novamente. Estamos pecando nisso. O estado não está com mecanismo de fiscalização para o mau torcedor”, frisa.
O presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, segue a mesma linha de raciocínio. “Precisamos encontrar esse termo de uma punição efetiva aos maus torcedores”, defende.
Na confusão antes do jogo que terminou empatado por 1 a 1, nem mesmo os policiais que estavam trabalhando na partida foram poupados. Torcedores do ABC dispararam um rojão na direção de homens do Batalhão de Choque.
A polícia precisou responder com tiros de balas de borracha.
Marinho lamenta a atitude violenta. “As torcidas estão brigando com a polícia. Precisamos equacionar uma estrutura para fazer jogos com segurança”, ressalta o promotor.
Acesso
“O estádio é confortável, moderno… Mas, falta segurança”, ao mesmo tempo em que cita a insegurança do local, Marinho faz questão de ressaltar que “a questão não é o Frasqueirão”.
Para o promotor, as confusões são facilitadas pela logística. “Temos apenas um acesso que é a Rota do Sol. Aquele entorno precisa ser modificado principalmente na saída e entrada de torcedor”, pondera.
José Vanildo também observa que as confusões têm ocorrido frequentemente fora dos estádios e por isso cobra mais segurança nos entornos: “o acesso do torcedor precisa ser mais seguro”.
Nas próximas semanas, o presidente da FNF e o promotor do MP devem se encontrar para buscar soluções para o problema.
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