O secretário de Turismo do Rio Grande do Norte, Ruy Gaspar, está otimista para que o estado seja escolhido para receber o hub da Latam. Contudo, ele acredita que para que aumentem as chances potiguares, a presidente Dilma Rousseff deve sair do governo federal para que o hub realmente venha para São Gonçalo do Amarante.
Gaspar acredita que o Rio Grande do Norte é o favorito quando observados os quesitos técnicos do aeroporto e os fiscais, por meio dos incentivos oferecidos à Latam. Mas o Ceará, um dos outros dois estados que concorrem no recebimento do hub, sai na frente no aspecto político. “Na parte técnica não tenho dúvida [que o estado será o escolhido], mas na parte política o Ceará vem muito forte, enquanto Dilma estiver lá [no governo]… Agora, se ela sair aí o Ceará fica fraco”, comentou o secretário de Turismo.
Questionado pela reportagem do portalnoar.com se caso Dilma deixe o Palácio do Planalto as chances cearenses realmente caem, Ruy Gaspar foi enfático: “Vai mudar porque o governador do Ceará [Camilo Santana] é do PT. Dilma é do PT”.
O secretário de Turismo ainda voltou a afirmar que acredita que a Latam defina o destino do hub apenas entre julho e agosto deste ano. A reportagem entrou em contato com a Latam, que enviou uma nota que indicou que a previsão da companhia se mantém a mesma de fevereiro: escolha pode sair ainda neste semestre.
“O Grupo LATAM assegura que continuará avaliando todas as condições para a definição da capital que será a sede do hub Nordeste. Esta decisão poderá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2016”, disse a nota.
Histórico
A disputa pelo hub nordestino está entre Recife, Fortaleza e Natal. Um estudo da empresa Arup, que analisou a infraestrutura aeroportuária das três capitais em outubro de 2015 indicou um empate em condições técnicas entre a capital cearense e potiguar. O aeroporto de Recife teria ficado para trás porque precisaria construir um novo terminal, segundo alguns especialistas.
Para o aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, a consultoria apontou a necessidade de expansão orgânica do terminal existente, com aumento da área e construção de um píer em continuidade ao terminal. Para isso, os cearenses apostam na concessão à iniciativa privada do terminal para que os ajustes necessários sejam garantidos para o hub.
No aeroporto potiguar, a recomendação é manter a ampliação já prevista no Plano Diretor (“Master Plan”) do aeroporto, que é de executar a expansão orgânica do terminal já existente, com o aumento da área de terminal e a construção de um píer em continuidade ao terminal atual.
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