quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Gastos de empresas nos EUA recuam com enfraquecimento de encomendas de bens de capital

 
As encomendas de bens de capital dos Estados Unidos caíram inesperadamente em dezembro, em meio à queda na demanda por maquinário e metais primários, apontando para uma desaceleração adicional nos gastos de empresas com equipamentos que podem prejudicar o crescimento econômico.
A moderação no investimento empresarial também foi ressaltada por outro relatório divulgado nesta quinta-feira, que mostrou que a medição da atividade fabril na região do meio-Atlântico contraiu em fevereiro pela primeira vez desde maio de 2016.
Os relatórios, juntamente com os dados da semana passada que mostraram quedas acentuadas nas vendas no varejo em dezembro e na produção industrial em janeiro, fortalecem a postura “paciente” do Federal Reserve em elevar a taxa de juros ainda este ano.
O Departamento de Comércio informou que as encomendas de bens de capital não relacionados a defensivos, excluindo as aeronaves, um indicador observado de perto para planejamento de gastos das empresas, caíram 0,7 por cento. Os dados de novembro foram revisados para baixo, mostrando que as chamadas encomendas de bens de capital caíram 1,0 por cento, em vez de cair 0,6 por cento, como divulgado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que os principais pedidos de bens de capital subissem 0,2 por cento em dezembro. As encomendas de bens de capital aumentaram 6,1 por cento na comparação anual.
Na esteira do relatório pessimista de dezembro do ano passado, os economistas reduziram suas estimativas de crescimento do PIB no quarto trimestre em 1,2 ponto percentual, para uma taxa de 1,5 por cento na comparação anual. A economia cresceu a um ritmo de 3,4 por cento no terceiro trimestre.
Um terceiro relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego tiveram queda de 23 mil, para 216 mil na semana encerrada em 16 de fevereiro, com ajuste sazonal.
A média móvel de quatro semanas dos pedidos, considerada uma medição melhor das tendências do mercado de trabalho já que elimina a volatilidade semanal, subiu em 4 mil, para 235,75 mil na semana passada, o nível mais alto desde janeiro de 2018.

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