terça-feira, 10 de novembro de 2015

Jornalista Sandra Moreyra, da TV Globo, morre no Rio

A repórter tinha 61 anos e lutava contra um câncer.
Sandra tinha 40 anos de carreira e participou de grandes coberturas.

 A jornalista Sandra Moreyra, da TV Globo, morreu nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro. A repórter tinha 61 anos e lutava contra um câncer.

Com 40 anos de carreira, Sandra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do país como a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia, com Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92, a chacina de Vigário Geral e a ocupação do Complexo do Alemão.

Em outubro, a jornalista anunciou no Twitter que descobriu que estava novamente com câncer. "Novamente estou sendo posta à prova. Mais um tratamento pra fazer.
Eu amo a vida. E vou em frente”, postou ela.

 

Carreira
A repórter começou a carreira na Globo em Minas Gerais, na década de 1980. Logo depois, voltou para o Rio de Janeiro e passou a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil. Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo.

Sandra Maria Moreyra nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1954, com jornalismo correndo nas veias. O avô, Álvaro Moreyra, era escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora.
Sandra era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugênia Moreyra.

Em 1975, após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil. Formou-se em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do jornal, onde de fato começou sua carreira de repórter.

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia. Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu primeiro contato com o vídeo.

Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais. No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyraapareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

Em 1986, a jornalista deixou Minas e voltou para o Rio e se tornou uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana.


Emilia Silveira e Sandra Moreyra nos bastidores do programa ‘Amanaque’  (Foto: Divulgação/Globonews) 
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