sexta-feira, 24 de março de 2017

ATENÇÃO: O povo pode PEDIR o FECHAMENTO do CONGRESSO!


Nesse momento arrisco abandonar por um breve período a chamada neutralidade axiológica a mim imposta para atuar como editor da Revista Sociedade Militar, que publica textos de tantos renomados articulistas, para te convidar para uma conversa. Escrevo as próximas linhas como pessoa comum, pai de três filhos, militar da reserva, assalariado e que, além da formação militar, nas horas que restaram entre inúmeros plantões, se graduou e pós-graduou numa universidade pública recheada de militantes, que já naquela época se achavam donos do recinto.
Falo aqui como o amigo que troca idéias com amigos pessoais do meio militar, do meio político e com todos aqueles que não só nos enviam textos, mas também participam sugerindo, elogiando ou criticando nos comentários, emails e whatsapp da RSM(21 98106-2723).
Temos acompanhado o cenário político e a voz das ruas faz algum tempo. Fui a várias manifestações e conheço muitas lideranças de movimentos populares, alguns intervencionistas e alguns radicalmente anti-intervenção, respeitamos a opinião de todos. Também, obviamente, conheço muito bem a mente militar, interagi quotidianamente com vários dos oficiais generais que ainda estão na ativa e como todo militar, passei mais tempo da minha vida na caserna do que fora dela.
Ainda que os comandantes militares insistam em dizer que as ações das Forças Armadas sejam delimitadas por parâmetros como legalidade e estabilidade, crescem em meio à sociedade e até na reserva, os apelos pela chamada intervenção militar. E os comandantes sabem disso.
Muitos têm esse assunto como uma espécie de tabu. Contudo, eu não tenho qualquer restrição em falar sobre esse pleito, ainda que na minha opinião no momento não seja a solução mais adequada para o caos tupiniquim.
Frequento pessoalmente vários fóruns e grupos de inteligência, militares, segurança pública e policia militar e percebo claramente que o clamor por uma medida saneadora mais drástica cresce na mente de muitos do nosso meio.
São antidemocratas? Não, jamais. Quem melhor do que nós, detentores de algumas informações privilegiadas, para saber o que se passa por trás dos panos? Se os militares e comunidade de segurança pública estão no seu limite, se decepcionam com a democracia, pode-se crer que as coisas estão num patamar bem pior do que já pôde perceber o cidadão comum.
Alguns economistas e políticos, assim como o próprio Comandante do Exército, deixam explicito em suas falas que qualquer sinal de possível instabilidade pode prejudicar a retomada do país em busca de crescimento e progresso. É uma verdade, estão certos e isso em parte explica sua sobriedade nas declarações públicas.
O mundo, os investidores em potencial, aqueles que realmente decidem os destinos das economias, acreditam que uma “higienização da classe política” pode acontecer pelo menos em médio prazo no Brasil? Sim, AINDA acreditam, tanto que os indicadores chegaram a melhorar nos últimos meses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário