quinta-feira, 13 de junho de 2019

Fecomércio teme que calote do Governo quebre empresas

Após o Governo do Rio Grande do Norte publicar no Diário Oficial desta quinta-feira (13) que só vai usar a receita de 2019 para pagar apenas as despesas que o Estado fizer neste ano, deixando para trás os débitos do ano passado da gestão anterior em cerca de R$ 2,4 bilhões, a Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN) emitiu nota demonstrando preocupação e indignação com a medida.
Em nota, a entidade disse que a decisão do Governo aprofunda as dificuldades pelas quais vêm passando muitas empresas potiguares, podendo levar à quebra destas e ao desemprego de muitos potiguares.
Confira a nota na íntegra:
Fecomércio RN registra indignação e preocupação com calote do Governo em fornecedores
A Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN) vem a público registar sua indignação e profunda preocupação com os efeitos da Resolução 002/2019, publicada pelo Comitê de Gestão e Eficiência do Governo do Estado, no Diário Oficial desta quinta-feira, 13.
Ao determinar que os recursos financeiros de receitas correntes do Governo do Estado ao longo do ano de 2019 só serão utilizados para pagar  despesas públicas de competência do exercício 2019”, está se institucionalizando um calote de cerca de R$ 2,4 bilhões nos fornecedores do Estado do Rio Grande do Norte, que têm valores a receber referentes aos exercícios anteriores a 2019.
Tal determinação aprofunda, sobremaneira, as dificuldades pelas quais vêm passando muitas empresas potiguares em virtude do não recebimento dos créditos a que fazem jus. Estas dificuldades tendem a criar um perigoso círculo vicioso que pode levar, inclusive, à quebra de empresas e consequente fechamento de inúmeros postos de trabalho.
Reafirmamos nosso entendimento de todas as dificuldades financeiras enfrentadas pelo nosso Estado, mas registramos que é preciso discutir de maneira mais ampla, profunda e serena soluções para a questão, evitando prejuízos ainda maiores para o Rio Grande do Norte e para os potiguares. Impor unilateralmente um calote, além de juridicamente discutível, não parece ser uma medida democrática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário