Galáxias em fusão: Aglomerados podem ter milhares de galáxias unidas, com massas totais um quadrilhão maior do que o nosso Sol (ESO/NASA/ESA/W. M. Keck Observatory/Divulgação)
Astrônomos detectaram os estágios iniciais de uma colisão cósmica colossal, observando o choque de 14 galáxias em uma descoberta que põe por terra as suposições sobre o começo da história do cosmos.
Pesquisadores disseram nesta quarta-feira que a megafusão galáctica, observada 12,4 bilhões anos-luz distante da Terra, ocorreu 1,4 bilhão de anos depois do Big Bang que deu origem ao universo. Astrônomos chamam o objeto de “protocluster” galáctico, um percursor do tipo de enormes aglomerados de galáxias que são os objetos mais conhecidos no universo atual.
O acontecimento marcou a primeira vez que cientistas observaram o nascimento de um aglomerado de galáxias, com pelo menos 14 galáxias juntas em uma área apenas por volta de quatro vezes o tamanho da nossa galáxia de tamanho médio, Via Láctea.
Um protocluster tão maciço quanto o observado aqui, designado SPT2349-56, não deveria ter existido naquele momento, de acordo com as atuais noções do início do universo. Cientistas acreditavam que isso não poderia acontecer até vários bilhões de anos depois.
“Ficamos impressionados com as implicações”, disse o astrofísico Scott Chapman, da Universidade Dalhousie, no Canadá. “Sim, a sabedoria convencional era de que os aglomerados demoram muito mais para construir e montar. O SPT2349 nos mostra que isso aconteceu muito mais rápida e explosivamente do que as simulações ou a teoria sugeriam.”
Aglomerados de galáxias podem ter milhares de galáxias unidas por gravidade que podem ter massas totais um quadrilhão maior do que o nosso Sol, com imensas quantidades do enigmático material chamado matéria escura, buracos negros gigantescos e gás superaquecido.
A massa do SPT2349 é cerca de 10 trilhões de vezes maior que o nosso Sol.
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