Quase R$ 3 milhões. Esse foi o montante que os três senadores potiguares (Fátima Bezerra, do PT; Garibaldi Alves Filho, do MDB; e José Agripino, do DEM) gastaram da chamada “cota parlamentar” nos últimos quatro anos de mandato, segundo dados disponíveis no portal do Senado Federal. A petista, pré-candidata ao Governo do Estado, teve o mandato “mais caro” até o momento, com mais de R$ 1 milhão em despesas custeadas pela Casa até agora.
Das despesas de Fátima Bezerra, a que mais se destaca são os custos com passagem aérea. Foram R$ 404 mil só com despesas relacionadas a viagens de avião. Ela foi, de longe, a que mais desembolsou recursos públicos com isso. Só em 2015, no primeiro ano de mandato dela, foram R$ 139 mil com passagens aéreas.
O segundo maior gastador do trio potiguar no Senado foi José Agripino, ex-presidente nacional do Democratas. Os últimos quatro anos do mandato dele estão custando R$ 991 mil para os cofres públicos, sobretudo, com a rubrica “locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis”. Nesse quesito, destaca-se a despesa mensal do senador com a Espacial Car Rental LTDA, que custam ao Senado R$ 6,8 mil todos os meses.
O mais “econômico” foi o presidente estadual do MDB, Garibaldi Alves Filho, que deve ser candidato a reeleição neste ano (assim como Agripino; Fátima tem mais quatro anos no Senado). Dos R$ 869 gastos por ele da cota indenizatória, boa parte foi neste ano, quando o senador desembolsou, em menos de quatro meses, R$ 125 mil – apenas R$ 70 mil a menos do valor gasto por ele durante todo o ano de 2016.
E das despesas do senador emedebista, chamaram mais a atenção a “contratação de serviços de apoio ao parlamentar”, que consumiu R$ 68 mil em apenas quatro meses. Só gastos relacionados a redes sociais (apresentação de dados, mapeamento de redes e produção de textos), o senador desembolsou R$ 17,5 mil em março.
LEVANTAMENTO
Segundo matéria produzida pelo G1.com, em 2017 o Senado Federal gastou R$ 26,6 milhões da cota indenizatória, que é um valor restituído pela Casa para as despesas dos senadores com o chamado “exercício parlamentar”. Nessa cota, não estão inclusas as despesas com a equipe fixa de assessoramento dos senadores, mas entra sim uma eventual contratação de pessoa jurídica para esse serviço.
Garibaldi Filho, por exemplo, tem em seu gabinete em Brasília 25 assessores contratados pelo Senado e outros 19 no escritório de apoio, localizado em Natal.
Mesmo assim, pagou R$ 4 mil por “serviço de exame de projetos pertinentes ao mandato sob o aspecto jurídico” a Adélia Morbeck Sociedade Individual de Advocacia, em março deste ano. Em abril, pagou outros R$ 17 mil para a Agência Brasileira de Comunicação LTDA, para “acompanhamento em sessões plenárias, comissões e analise de pareceres” e “serviços de consultoria em planejamento estratégico, preparação de proposições legislativas, pronunciamentos e consultorias de imagem”.
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