sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Reino Unido ameaça punir Facebook e Twitter por conta de ‘Fake News’

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O Facebook e o Twitter podem enfrentar sanções no Reino Unido se continuarem a esconder do parlamento inglês postagens russas que possivelmente interferiram no referendo sobre o Brexit, informou o jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira, 29.
Damian Collins, presidente do Departamento de Cultura, Mídia e Esportes disse em entrevista ao jornal inglês que montou um comitê para investigar as chamadas “fake news”. Seu grupo estabeleceu o dia 18 de janeiro como data limite para as empresas entregarem as informações solicitadas sobre as campanhas russas nas redes sociais. “Deve haver uma forma de examinar os procedimentos que as empresas como o Facebook usam para identificar fontes de desinformação”, disse.
Segundo Collins, é preciso que o governo reconheça que as próprias empresas estão melhor preparadas para monitorar seus sites, mas isso não significa que as autoridades devam ficar de fora do processo. Para ele, deve haver um mecanismo para punir as companhias que não estão lidando da maneira correta com conteúdo problemático.
Essa é a primeira ver que o presidente do departamento fala abertamente sobre possíveis sanções. Antes, ele havia mostrado sua insatisfação para com as companhias por meio de cartas. No começo do mês, ele escreveu ao Twitter: “A informação que vocês agora compartilham conosco é inadequada… Parece estranho que tenhamos recebido mais informações sobre o que acontece em sua plataforma por meio de jornalistas e acadêmicos do que de vocês”.
Apesar disso, Collins não tem o poder para punir as empresas do Vale do Silício diretamente se elas não cooperarem, mas ele pode prejudicar suas imagens publicamente no país. Além disso, alguns ministros parecem preocupados com o tema e podem tomar uma atitude caso o assunto não se resolva por meio do comitê.
Além disso, outros países europeus também estão preocupados com o tema. Em meados de dezembro, a Alemanha emitiu uma nota de repreensão ao Facebook no país, acusando a empresa de violar os princípios europeus de proteção de dados por reunir informações coletadas através do WhatsApp e Instagram com as contas dos usuários do Facebook.

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