sábado, 30 de dezembro de 2017

Apple Brasil derruba preço para trocar bateria de iPhone antigo


Brasileiros também poderão participar do programa mundial de troca de baterias antigas em iPhones. Na noite desta sexta-feira (29), o escritório da Apple no Brasil anunciou a redução no preço cobrado pela substituição do componente: com desconto de R$ 300, o valor tabelado de R$ 449 cai para R$ 149. A nova cifra passa a valer “a partir do final de janeiro” e decorrerá ao longo de 2018.
A Apple se envolveu em uma polêmica ao admitir que reduziu a velocidade de processamento de iPhones lançados entre 2014 e 2016. De acordo com a companhia, a técnica foi adotada para impedir situações mais drásticas, como a reinicialização inesperada dos celulares.
O programa de desconto na troca de bateria foi anunciado nesta semana. Nos Estados Unidos, o valor passou de US$ 79 (cerca de R$ 260, sem considerar impostos) para US$ 29 (aproximadamente R$ 96). Na ocasião, a matriz da Apple na Califórnia informou que o mesmo programa seria adotado mundialmente, mas a filial brasileira ainda não havia detalhado os valores.
O preço de R$ 449, até então praticado no mercado nacional, era válido para as trocas de bateria fora da garantia realizadas em lojas da marca e assistências técnicas homologadas pela Apple. Reportagem do TechTudo revelou, no entanto, que os clientes têm à disposição preços mais baixos – entre R$ 150 e R$ 250 – quando procuram suporte técnico oferecido por terceiros. Nestes casos, a garantia fica sob responsabilidade do prestador de serviço, com duração de cerca de três meses após a realização do serviço.
Em uma longa carta, publicada na quinta-feira (28), a empresa da maçã pediu desculpas aos consumidores por não informar com a devida transparência sobre uma mudança na forma como o iOS gerencia a capacidade de processamento do telefone. Em modelos antigos, como o iPhone 6, iPhone 6S e iPhone SE, a bateria passa pelo processo de envelhecimento químico, o que, em alguns momentos, poderia causar transtornos ao usuários caso o chip continuasse funcionando em velocidade máxima. Em virtude disso, a fabricante passou a limitar o clock, frequência com que o processador funciona.
Na nota, a empresa destacou, em diversos momentos, que a deterioração da bateria faz parte do envelhecimento do componente. Também lembrou que isto não é exclusivo dos iPhones, mas ocorre em todos os celulares dependentes de bateria de íon de lítio – a maioria esmagadora à venda hoje em dia.
Atualmente, a Apple enfrenta processos judiciais nos Estados Unidos, em Israel e na França por causa da crise envolvendo iPhones antigos. Um grupo francês de defesa de consumidores acusa a fabricante de promover a obsolescência programada, prática considerada crime naquele país.

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