Brasileiros também poderão participar do programa mundial de troca de baterias antigas em iPhones. Na noite desta sexta-feira (29), o escritório da Apple no Brasil anunciou a redução no preço cobrado pela substituição do componente: com desconto de R$ 300, o valor tabelado de R$ 449 cai para R$ 149. A nova cifra passa a valer “a partir do final de janeiro” e decorrerá ao longo de 2018.
A Apple se envolveu em uma polêmica ao admitir que reduziu a velocidade de processamento de iPhones lançados entre 2014 e 2016. De acordo com a companhia, a técnica foi adotada para impedir situações mais drásticas, como a reinicialização inesperada dos celulares.
O programa de desconto na troca de bateria foi anunciado nesta semana. Nos Estados Unidos, o valor passou de US$ 79 (cerca de R$ 260, sem considerar impostos) para US$ 29 (aproximadamente R$ 96). Na ocasião, a matriz da Apple na Califórnia informou que o mesmo programa seria adotado mundialmente, mas a filial brasileira ainda não havia detalhado os valores.
O preço de R$ 449, até então praticado no mercado nacional, era válido para as trocas de bateria fora da garantia realizadas em lojas da marca e assistências técnicas homologadas pela Apple. Reportagem do TechTudo revelou, no entanto, que os clientes têm à disposição preços mais baixos – entre R$ 150 e R$ 250 – quando procuram suporte técnico oferecido por terceiros. Nestes casos, a garantia fica sob responsabilidade do prestador de serviço, com duração de cerca de três meses após a realização do serviço.
Em uma longa carta, publicada na quinta-feira (28), a empresa da maçã pediu desculpas aos consumidores por não informar com a devida transparência sobre uma mudança na forma como o iOS gerencia a capacidade de processamento do telefone. Em modelos antigos, como o iPhone 6, iPhone 6S e iPhone SE, a bateria passa pelo processo de envelhecimento químico, o que, em alguns momentos, poderia causar transtornos ao usuários caso o chip continuasse funcionando em velocidade máxima. Em virtude disso, a fabricante passou a limitar o clock, frequência com que o processador funciona.
Na nota, a empresa destacou, em diversos momentos, que a deterioração da bateria faz parte do envelhecimento do componente. Também lembrou que isto não é exclusivo dos iPhones, mas ocorre em todos os celulares dependentes de bateria de íon de lítio – a maioria esmagadora à venda hoje em dia.
Atualmente, a Apple enfrenta processos judiciais nos Estados Unidos, em Israel e na França por causa da crise envolvendo iPhones antigos. Um grupo francês de defesa de consumidores acusa a fabricante de promover a obsolescência programada, prática considerada crime naquele país.
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