Uma das instituições financeiras envolvidas na Operação Lava Jato, o Banco BTG Pactual doou R$ 300 mil para a campanha do ex-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte Henrique Eduardo Alves (PMDB), candidato derrotado no pleito de 2014. O ex-presidente da instituição, o banqueiro André Esteves, que estava detido no Rio de Janeiro desde o dia 24 de novembro e nessa quinta (17) foi liberado para cumprir prisão domiciliar. Ele é suspeito de planejar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contam duas doações do banco a Henrique, sendo uma do fundo de investimentos, no valor de R$ 250 mil e outra, no valor de R$ 50 mil, do próprio Banco BTG. André Esteves foi preso no mesmo dia em que a PF prendeu o líder do Governo no Senado, o senador Delcídio Amaral. Na época da prisão a PGR afirmou que o parlamentar prometeu pagar R$ 50 mil mensais para a família de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. A intenção era evitar que ele fizesse delação premiada e revelasse uma suposta participação do senador no esquema da Lava-Jato. André Esteves é apontado como o suspeito de prometer financiar o acordo.
Na última terça-feira (15) foi a vez do ministro do Turismo Henrique Alves ser alvo das investigações da Polícia Federal, que realizou buscas no apartamento do ministro do Turismo, no bairro de Areia Preta, em Natal. A investigação a Henrique se deu através da Operação Catilinárias, que foi um desdobramento da Lava-Jato. Agentes da PF passaram cerca de duas horas vasculhando o apartamento de Henrique e saíram de lá com um malote e alguns pertences. Henrique disse, por meio de nota divulgada à imprensa, que estava surpreso, mas que respeitava a decisão do Supremo Tribunal Federal, que emitiu a ordem para a investigação.
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