domingo, 13 de setembro de 2015

Ex-jogador Edilson é alvo de operação da PF contra fraudes em loterias


O ex-jogador da Seleção Brasileira Edilson Capetinha, pentacampeão do mundo em 2002, é um dos alvos da Polícia Federal na Operação Desventura, que investiga um esquema de fraudes no pagamento de loterias da Caixa Econômica Federal. Agentes da PF foram até a casa do ex-atleta para cumprir um mandado de busca e apreensão. Um primo de Edilson, que ainda não teve o nome divulgado, também é um dos alvos da operação, que, desde o início do dia, é realizada nos estados de Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal.
 
Ao todo, são 54 mandados judiciais expedidos, cinco deles de prisão preventiva e oito de prisão temporária. Há também mandados de condução coercitiva e busca e apreensão. 

Segundo a investigação, a quadrilha validava bilhetes de loteria falsos, de prêmios que não foram resgatados. O esquema funcionava com a ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, que movimentavam grande quantias de dinheiro e recrutavam gerentes do banco para a quadrilha. Edilson, segundo a PF, fazia parte do grupo de correntistas que realizava os desvios.

Só em 2014, ganhadores de loterias deixaram de resgatar mais 
de R$ 270 milhões em prêmios da Mega-sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania. Segundo a polícia, era esse dinheiro que a quadrilha desviava, com a ajuda dos funcionários do banco, capazes de validar os bilhetes falsos com suas senhas. Um dos integrantes do esquema, que também não foi identificado, chegou a ser preso durante as investigações, quando tentava aliciar um gerente para sacar um bilhete no valor de R$ 3 milhões. Meses depois de ser liberado pela Polícia Federal, ele foi morto.

Segundo a PF, os envolvidos vão responder por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas. A investigação teve o apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal e contou com cerca de 254 agentes federais. A reportagem do EXTRA tentou contato com Edilson e seus advogados, mas não foi atendida.
 
Em 2014, Edilson foi preso, em Salvador, por não pagar pensão alimentícia para o filho. Na ocasião, o ex-jogador pagou a dívida de R$ 102 mil e deixou a cadeia, depois de dois dias detido.

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