Os juros cobrados pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiram para 455,1% em maio, contra 447,7% em abril, informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira (28) em suas Estatísticas monetárias e de crédito.
Há um ano, esta taxa estava em 368,8%, uma diferença de 86,3 pontos porcentuais. A taxa de maio é a maior em mais de seis anos, desde março de 2017, quando atingiu 490% ao ano.
Este tipo de juro — o mais caro do mercado financeiro — em geral, é utilizado pelos usuários de cartão de crédito que não conseguem pagar a fatura por completo e optam por fazer o pagamento mínimo, o que gera juros sobre juros. O ministro Fernando Haddad vem se reunindo com banqueiros para buscar uma alternativa para a redução dos juros do rotativo.
A taxa média de juros cobrada nas operações de crédito para pessoas físicas chegou a 59,9% ao ano em maio, alta de 0,3 ponto ante a abril e de 9,5 pontos na comparação com maio de 2022. Destaque para o crédito pessoal, com taxa média de 24,8%, e o cheque especial, com 130,7% ao ano. No consignado, a taxa média foi de 25,8% em maio e de 28,1% para a compra de veículos.
Já nas operações para o segmento empresarial, o custo médio do crédito livre, que não inclui as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi de 23,8% ao ano em maio, mantendo-se estável no mês e crescendo 1,9 ponto em 12 meses.
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