Dinheiro, muito dinheiro.
Este foi o principal argumento da direção do Atlético Mineiro a convencer Felipão largar a aposentadoria.
E pior, trair o acordo que fez com a cúpula do Athletico Paranaense, rival do clube de Belo Horizonte na Libertadores.
Aos 74 anos, ele havia garantido que não trabalharia mais como treinador, “de jeito nenhum” no Brasil.
Só que não resistiu a uma proposta que mais do que duplicou seu salário.
Ele ganhava R$ 500 mil como diretor do Athletico.
Recebeu, e aceitou, a proposta de R$ 1,2 milhão por mês.
Até dezembro de 2024.
Com multa rescisória.
O argentino Coudet recebia em Belo Horizonte, R$ 1,6 milhão por mês. Na verdade, ele e sua Comissão Técnica.
O assédio a Felipão aconteceu desde o início da semana.
Ele pediu um tempo para pensar.
A notícia vazou ontem em Belo Horizonte.
E Felipão analisou o elenco fortíssimo que teria nas mãos.
Percebeu sua vontade de retornar a treinar uma equipe.
Viu que, aos 71 anos, Vanderlei Luxemburgo comanda o Corinthians.
E resolveu virar as costas a Mario Celso Petraglia, o homem-forte do Athletico e com quem havia negociado sua aposentadoria como treinador, levando o time ao vice da Libertadores de 2022.
Petraglia só aceitou Paulo Turra como treinador do Athletico, com Felipão como diretor e tutor. Turra era auxiliar do treinador pentacampeão do mundo.
Com a ‘traição’ de Felipão, Petraglia imediatamente demitiu Turra.
Alexandre Mattos, executivo do Athletico, também se sentiu ‘traído’ já que ele foi quem mais incentou a contratação do treinador em Curitiba.
Ele está na Espanha tentando fechar a venda de Victor Roque ao Barcelona.
Felipão foi fiel ao seu passado, quando foi revelado hoje de manhã, que ele poderia ir para o Atlético Mineiro. Primeiro, negou. Depois, disse que foi sondado. Depois, não falou mais nada para a imprensa. Apenas comunicou a direção do Athletico, que iria ser treinador do Atlético Mineiro.
A chegada de Felipão ao clube de Belo Horizonte é uma tentativa desesperada de unir o caríssimo elenco atleticano. E que decepcionava nas mãos do argentino Coudet, que insistia em um rodízio de atletas que os jogadores odiavam. E que custou a eliminação da Copa do Brasil para o limitado Corinthians, de Luxemburgo.
O Atlético Mineiro deve mais de R$ 2 bilhões.
E começará a atuar na sua arena no segundo semestre.
Precisava de uma contratação de impacto.
E o grupo de bilionários mecenas que controla o Atlético resolveu apostar em Felipão.
A volta de Luiz Felipe Scolari como treinador foi um enorme golpe de marketing.
A atenção do Brasil todo se volta a Belo Horizonte.
Ele será o treinador mais velho da elite do Brasil.
Passará seu eterno rival Luxemburgo.
Motivação não falta, garantem pessoas ligadas ao técnico.
Assim também como muito dinheiro.
Que homem com 74 anos ganha R$ 1,2 milhão por mês neste país?
No futebol, só Felipão…
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