A CBF terá 48 horas para explicar para a justiça o motivo da Seleção Brasileira não utilizar o número 24 em seu elenco masculino profissional que está disputando a Copa América. A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª vara cível. O juiz ainda determinou que uma multa diária de R$ 800 será aplicada caso a confederação não responda.
A decisão atende ao pedido feito na segunda-feira (28/6) pelo Grupo Arco Íris de Cidadania, organização sem fins lucrativas que atua há mais de 25 anos atua em defesa e promoção dos direitos da população LGBTQIA+, que entrou com uma ação judicial questionando a ausência do número na numeração do elenco brasileiro.
Na liminar, o juiz Ricardo Cyfer exalta a luta da comunidade LGBTQIA+ pelo fim da discriminação e ressalta a importância do esclarecimento da questão para reforçar a necessidade do debate.
“E, como no Brasil a popularidade do futebol, esporte que ainda se insere nessa tradição masculina, ainda não foi suplantada por outro, sobressai-se a importância da adoção dessas medidas no contexto das suas competições”, declarou Cyfer.
No pedido feito pelo Grupo Arco Íris de Cidadania, a organização argumenta que todas as outras seleções participantes da Copa América utilizam o número 24, menos a seleção do Brasil. O grupo ainda explica a relação do número com a comunidade e explica que a não utilização do mesmo pode ser entendido como clara ofensa e atitude homofóbica.
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