Segundo a empresa, o ponto mais sensível é o fato de o aplicativo deixar claro em seus termos de privacidade que todas as fotos enviadas se tornam propriedade da empresa. Enquanto isso pode ser usado para aprimorar os sistemas de reconhecimento faciais e inteligências artificiais, também há o risco de que esse material possa ser comercializado ou capturado por agentes maliciosos.
“Desde o surgimento da internet já se falava em colaboração online e o isolamento social nos fez ficar ainda mais conectados”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil. “Acredito que este tipo de situação será cada vez mais comum e pode ser feita sem problemas, mas há algumas questões de segurança e privacidade que devem ser levados em consideração, como a transparência no uso dos dados e a responsabilidade no processamento e armazenamento das informações pessoais”, explica.
Cuidado com o reconhecimento facial!
No caso do Voilá AI Artist, surge como positivo o fato de o app apresentar seu próprio sistema de anúncios, sinal de que a venda do material coletado não é o método utilizado para sua monetização. No entanto, usuários desse e outros sistemas semelhantes devem tomar cuidado com as informações que compartilham, especialmente quando sistemas como o Internet Banking apostam cada vez mais em tecnologias de reconhecimento facial.
Mesmo que a desenvolvedora de um app não use informações confidenciais para ganho próprio, ela deve se assegurar de guardá-las em segurança. Um banco de dados invadido pode garantir uma quantidade considerável de informações para que criminosos realizem ações que geram diversos impactos negativos.
Para se proteger, é recomendado que os usuários leiam detalhadamente os termos de serviço, confiram detalhes sobre os desenvolvedores e sempre realizam o download de apps nas lojas oficiais de seus aparelhos. Além disso, é preciso encarar o reconhecimento facial como o equivalente a uma senha importante, habilitando o recurso somente quando estritamente necessário.
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