Tijolo por tijolo. Foi assim que Luiz Antônio dos Santos, de 51 anos, ajudou a construir uma faculdade particular de Votuporanga (SP) enquanto trabalhava como pedreiro. Mas mal sabia ele que, anos depois, cursaria direito e se formaria exatamente no mesmo prédio onde sujou as mãos de cimento.
“Eu brincava com meus amigos e dizia que estava fazendo duas faculdades. Foi muito engrandecedor saber que eu tinha erguido os corredores por onde passava. A minha habilidade profissional me ajudou a conseguir isso. Tive um privilégio muito grande”, diz Luiz.
O agora advogado contou que se mudou para o município em 1989, começou a procurar emprego e entrou para o ramo da construção civil. Depois de anos de experiência, foi selecionado para trabalhar na obra da unidade de ensino superior.
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Sem condições de pagar a mensalidade do curso, Antônio foi contemplado com uma bolsa oferecida por um programa do estado de São Paulo. De segunda a sexta-feira, ele dividia os estudos com as obras em que trabalhava. Aos fins de semana, cumpria com os termos previstos no programa.
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Sem condições de pagar a mensalidade do curso, Antônio foi contemplado com uma bolsa oferecida por um programa do estado de São Paulo. De segunda a sexta-feira, ele dividia os estudos com as obras em que trabalhava. Aos fins de semana, cumpria com os termos previstos no programa.
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O advogado contou que entrou na faculdade com 38 anos. Antes de atingir a meta de cursar o nível superior, ele precisou fazer um supletivo porque não tinha concluído os ensinos fundamental e médio.
“O estudo é a base do desenvolvimento da nossa sociedade. Nunca é tarde demais. Eu ouvi muitas palavras negativas. Pessoas duvidavam da minha capacidade. No entanto, nunca desisti do meu sonho. É um desafio. Fazer cinco anos de faculdade é complicado”, diz Luiz.
"As pessoas que possuem um desejo, precisam acreditar em si mesmas. Dificilmente, quando você é um sonhador, ainda que ele seja para algumas pessoas uma utopia, ele não se tornará realidade. Minha dica, se é que posso fazer isso, é para todos acreditarem no seu potencial", completa.
Fonte: G1
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