O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta quinta-feira que cooperativas de crédito poderão, a partir de 1º de julho, oferecer a alternativa de investimento em poupança a seus clientes, buscando com isso aumentar as fontes de recursos para o crédito rural e fomentar a competição no segmento.
“O que nós estamos permitindo agora é que ela (cooperativa) aumente o seu funding e diminua a necessidade de buscar dinheiro junto aos bancos e ao mercado financeiro”, afirmou o chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, Cláudio Filgueiras.
Ele afirmou que hoje as cooperativas buscam em torno de 1,1 bilhão de reais de crédito junto aos bancos, a cada ano agrícola, para poderem fazer crédito rural.
“A gente acredita que uma parte considerável disso deve ser suprida, 400, 500 milhões de reais (com a autorização para as cooperativas captarem depósitos de poupança rural)”, afirmou.
Hoje, as instituições financeiras autorizadas a captar recursos por meio da poupança rural são obrigadas a direcionar 60 por cento dos valores captados para operações de crédito rural.
No presente ano agrícola, esse direcionamento significou um volume de 38,2 bilhões de reais – valor que corresponde a 29,7 por cento dos recursos destinados ao financiamento aos produtores, informou o BC, em nota.
“Inicialmente, as cooperativas terão que cumprir um direcionamento menor, de 20 por cento. Esse percentual subirá gradualmente até chegar aos 60 por cento”, acrescentou a autoridade monetária.
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