O Corpo Diretivo do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) informa a toda a população do Rio Grande do Norte (RN) que, mesmo após o pagamento da Cooperativa Coopmed e o retorno dos profissionais das especialidades de ortopedia, clínica médica, cirurgia geral e cirurgia vascular, as suas rotinas de trabalho no Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS), a porta de entrada para atendimentos de baixa e média complexidade continuará fechada para demandas espontâneas.
A decisão foi tomada na tarde da quarta-feira (3) e faz parte da política de reorganização dos serviços atualmente oferecidos pela maior unidade de saúde pública para atendimentos do trauma e para definição do perfil assistencial do Walfredo Gurgel.
Segundo a diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, “esta foi uma decisão difícil para tomarmos, mas que não tínhamos mais como protelar. Há anos sobrevivemos atendendo uma demanda que não nos compete e isso sempre nos colocou em situações graves como desabastecimento, sobrecarga de trabalho e comprometimento dos serviços de competência de nossas equipes assistenciais. Não dava mais para adiar”, afirmou.
A gravidade da situação vivida pelo HMWG em atender casos de menor complexidade ficou ainda mais evidenciada no último trimestre do ano passado, quando um levantamento feito pela gerência de enfermagem mostrou que, em um único mês (outubro), 962 pacientes com baixa gravidade vieram em ambulâncias do interior e foram classificados como azul ou verde – de acordo com o protocolo de Manchester, superando os 829 pacientes regulados por ambos os Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samus Natal e Metropolitano), no mesmo período.
O alto número de pacientes clínicos atendidos no PSCS também influencia diretamente na quantidade de refeições, medicações, curativos e na utilização de macas, mesmo que o paciente não permaneça internado no hospital. “Todo paciente que chega ao Walfredo Gurgel, e que é atendido pelo clínico, por exemplo, precisa fazer exames, tomar alguma medicação e por mais que a permanência dele seja mínima, requer a atenção de nossos profissionais e, sim, acaba elevando nossos custos. E o pior: este mesmo paciente que atendemos, poderia ter sua queixa resolvida em uma unidade de saúde de menor complexidade”, explica Fátima.
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