Foto: Agência Brasil EBC
O governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um déficit primário de R$ 7,085 bilhões de reais em março, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27).
O resultado é pior que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit registrado no mesmo mês foi de R$ 6,418 bilhões.
No acumulado de janeiro a março, o governo central ainda está superavitário em R$ 31,4 bilhões de reais, graças ao forte resultado positivo verificado no primeiro mês do ano. No primeiro trimestre do ano passado, foi registrado um superávit de R$ 50 bilhões.
As pioras nos resultados, de acordo com o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, ainda sofre forte influência das desonerações dadas no ano passado aos combustíveis e outros produtos pelo governo anterior, o que afeta as receitas.
Por outro lado, a recomposição de parte dessas tributações, anunciada em fevereiro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve começar a fazer efeito e melhorar as receitas a partir de abril, o que, de acordo com Ceron, pode permitir o governo a voltar a registrar superávit nas contas mensais.
“O resultado das receitas é extremamente impactado pela redução de tributos do último ano, e, a partir do mês que vem, já esperamos um processo de reversão”, disse Ceron em coletiva a jornalistas.
“Houve também receitas extraordinárias no exercício anterior que, naturalmente, não se materializaram nesse exercício, principalmente referentes a concessões e outorgas”, acrescentou.
A receita total do governo central caiu 0,6% entre março do ano passado e este, já descontada a inflação, de R$ 177,4 bilhões para R$ 176,3 bilhões.
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