terça-feira, 16 de junho de 2020

Pela 1ª vez, rede social é mais citada que TV como fonte de notícia no Brasil. Youtube cresce e Impresso despenca



O relatório Reuters Digital News Report, lançado nesta 3ª feira (16.jun.2020) mostra pela 1ª vez as redes sociais à frente da TV como fonte de informação para os brasileiros. São 67% os que dizem usá-las para se informar e 66% os que citam a televisão.

A categoria online é citada por 87% e lidera como fonte de notícias acessada pela maior parcela dos brasileiros. Isso inclui redes sociais e veículos que são apenas on-line, como o jornal digital Poder360. Só 23% dizem se informar por jornal impresso. Em 2013, quando o estudo começou, eram 50%.

O Facebook é a rede social mais usada pelos brasileiros para se informar: 54% afirmam ler notícias pela plataforma. O Youtube (usado por 45%) cresceu no último ano e ameaça a vice-liderança do WhatsApp (48%), que caiu 5 pontos percentuais de 2019 a 2020.
27% PAGAM POR NOTÍCIAS ON-LINE
O relatório também mostra 1 aumento no percentual de pessoas que pagam por notícias on-line no Brasil. Foram 27% que afirmaram ter pagado algum conteúdo, contra 22% em 2019. É mais que em países como Estados Unidos (10%) e Argentina (11%).
O alto percentual pode ser explicado pelo fato de que o universo de entrevistados da pesquisa é só de pessoas que acessaram notícias no último mês, o que pode causar distorções em países como o Brasil. O próprio levantamento também menciona o Brasil como 1 dos países onde o resultado pode mudar porque a amostragem tende a ser mais urbana do que em outros lugares.
CONFIANÇA NO NOTICIÁRIO
relatório de 2019 havia mostrado uma queda expressiva na confiança. De 59% no começo de 2018, havia passado para 48% em 2019, depois das eleições presidenciais permeadas por informações sobre uso de fake news nas campanhas.
Neste ano houve ligeira alta: 51% dos brasileiros declaram confiar a maior parte do tempo na maior parte das notícias. É o 5º país dos 40 analisados onde mais se confia nas notícias.
METODOLOGIA
A pesquisa foi feita on-line pelo site Yougov e inclui apenas entrevistados que afirmaram ter lido notícias no último mês. O levantamento alerta que em países com acesso mais limitado à internet, como o Brasil, a amostragem tende a se concentrar em áreas mais urbanas e em pessoas mais ricas e mais conectadas, o que pode interferir no resultado. Ao todo, foram entrevistadas mais de 80.000 pessoas em 40 países. No Brasil, foram 2.058 entrevistas.

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