segunda-feira, 21 de outubro de 2019
Governo estuda com chineses construção de um novo porto no RN
O Governo do Estado está analisando a possibilidade de instalação de um novo porto graneleiro na costa potiguar. Na última quinta-feira (18), o secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado, acompanhado do secretário adjunto Silvio Torquato e da engenheira Wesya Cristina, visitou uma região no município de Porto do Mangue (litoral norte) onde estão sendo realizados estudos de viabilidade técnica para a construção do novo equipamento.
Horas antes, o secretário se reuniu com empresários do setor salineiro em Mossoró e solicitou que fosse realizado um levantamento do potencial de produção de sal no Rio Grande do Norte. Este é o primeiro passo para a caracterização da demanda para uma estrutura desse porte, exigência de um grupo de investidores chineses que demonstraram interesse em tornar a obra economicamente viável. “Estivemos em reunião com os chineses na governadoria e eles estão empenhados em investir no porto, mas precisamos apresentar o estudo para o licenciamento ambiental e a demanda. Nós temos 3 pesquisas diferentes que apontam a região de Porto do Mangue como a mais viável para receber o porto, e temos uma necessidade grande para podermos escoar ferro, calcário, sal, entre outras riquezas do nosso estado”, informou o secretário.
O representante do Sindicato dos Moedores de Sal, Renato Fernandes, explicou que, para a categoria, a obra traria segurança logística, e colocaria o Rio Grande do Norte, que já é o maior produtor de sal do Brasil, em um novo patamar de exportação.
Um dos principais países interessados no sal potiguar é o dos Estados Unidos, que, apesar de ser o segundo maior produtor de sal do mundo (45 milhões de toneladas), importa 18 milhões de toneladas por ano. O país utiliza o sal produzido no RN principalmente para degelo: por conta de sua alta taxa de pureza (99,88%), o produto potiguar é um grande aliado no derretimento do gelo que cobre as metrópoles americanas no período de inverno.
Renato explicou também que o estado produz 7 milhões de toneladas por ano e esclarece que o número só não é maior, justamente, pela necessidade de infraestrutura para escoamento. Desse montante, 4 milhões de toneladas são consumidas no Brasil e 700 mil toneladas são exportadas (a diferença é armazenada como reserva).
Os empresários irão levar a pauta para discussão em sindicato e se comprometeram a contribuir com os dados necessários. Participaram representantes das empresas Cimsal, Rimsol, Sorel, Repmrsal e Refimosal.
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