quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Pau dos Ferros tem dois casos de calazar humano confirmado

 
Principal cidade do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, Pau dos Ferros corre o risco de enfrentar uma epidemia de Calazar. Em menos de um mês foram registrados dois casos de infecção da doença em humanos, e extra oficialmente, há pelo menos mais um caso suspeito em investigação.
Os casos foram confirmados pela secretaria de saúde do município, que encaminha uma ação integrada para impedir o alastramento da doença. Segundo a secretaria, o primeiro caso foi confirmado no fim do mês de julho e envolve uma adolescente de 16 anos de idade. O segundo caso foi confirmado no início do mês de agosto. 
A secretaria destaca que a partir da suspeita de que animais estavam contaminados foi iniciada uma operação de identificação, e teste, que confirmou casos de Calazar, e de uma outra virose, que tem atingindo principalmente animais de rua. 
Segundo a secretaria foi feito um acordo com o Ministério Público para capturar os animais de rua e transferi-los para um canil instalado em Apodi. 
O município esta trabalhando na captura, teste rápido, e encaminhamento dos animais para Apodi, e os doentes para tratamento. A partir da notificação do primeiro caso de Calazar humano no município, o Governo do Estado teria a responsabilidade de encaminhar veneno ser aplicado via carro fumacê em caráter de urgência. 
A iniciativa visa controlar o grande número de mosquitos que transmitem a doença entre os animais, e dos animais para os humanos. 
Foram identificados animais contaminados em praticamente todos os setores da cidade. Além de cães, testes já confirmaram a contaminação em gatos, ampliando o risco de contaminação de humanos. 
– Calazar é a segunda doença parasitária que mais mata no mundo 
A leishmaniose visceral (VL), também conhecida como Calazar é a forma mais grave da leishmaniose, sendo a segunda doença parasitária que mais mata no mundo (apenas a malária é mais mortal). Assim como a doença de Chagas e a doença do sono, o Calazar é uma das doenças tropicais negligenciadas (DTNs) mais perigosas, que, se não for tratada, chega a ser fatal em mais de 95% dos casos.

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