terça-feira, 20 de junho de 2017

‘A cada dia que passa aumenta a probabilidade’ de intervenção da Anatel na empresa, diz presidente da Oi


Marco Schroeder, presidente da Oi, assumiu a empresa dez dias antes da companhia apresentar pedido de recuperação judicial (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
Quando assumiu a presidência executiva da Oi, o gaúcho Marco Schroeder, de 52 anos, sabia que chegava para administrar uma empresa que enfrentaria o maior processo de recuperação judicial já realizado no Brasil. Com uma dívida de R$ 64 bilhões, a empresa pediu socorro à Justiça para tentar evitar a falência há exatamente um ano, 10 dias após a troca do presidente. Desde então, o executivo se esforça para manter a normalidade na operação e evitar uma intervenção do governo. Em entrevista exclusiva ao G1, ele admitiu que o impasse para fechar um plano de recuperação aumenta a cada dia a probabilidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) intervir na empresa.
O que levou a Oi a contrair uma dívida impagável, segundo Schroeder, foi uma junção de fatores que incluem uma legislação antiga no setor de telecomunicações no Brasil, taxa de juros elevada e decisões de negócios incorretas. “Comprou coisa que talvez não devesse ter comprado, caso da Brasil Telecom. Se endividou muito e pagou talvez mais caro que devia”, apontou.
Apesar de conseguir fazer caixa nesse período, a Oi não tem crédito no mercado. Assim, fazer investimentos é o maior desafio da empresa. Por isso, embora enfatize que o processo de recuperação judicial não prejudicou os clientes, Schroeder admite que concluir o processo é urgente.
Veja aqui(em texto na íntegra) os principais trechos da entrevista de Marco Schroeder.
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