sábado, 27 de novembro de 2021

Produção industrial potiguar volta a recuar em outubro, mostra Sondagem da FIERN

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, no mês de outubro, a produção industrial potiguar voltou a cair, após registrar aumento por cinco meses seguidos. Acompanhando a queda da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) caiu três pontos percentuais, passando de 72% para 69%, e foi considerado pelos empresários consultados como abaixo do usual para meses de outubro. Sobre este aspecto, cabe destacar que a indústria potiguar ainda não havia recuperado o nível de UCI anterior à pandemia. Adicionalmente, o emprego industrial também se retraiu (indicador de 44,8 pontos), após registrar três altas consecutivas. Além disso, os estoques de produtos finais subiram e ficaram acima do nível planejado pelo conjunto da indústria.

No que tange às expectativas para os próximos seis meses, os empresários ainda esperam aumento na demanda nos próximos seis meses, conforme indicador de 51,7 pontos, mas o otimismo se reduziu, comparativamente ao levantamento de outubro, quando o índice ficou em 56,6 pontos. Mas, preveem queda no número de empregados, nas compras de matérias-primas e nas exportações (indicadores de 48,6, 49,0 e 49,3 pontos, respectivamente). O índice de intenção de investimento, por sua vez, cresceu 4,6 pontos entre setembro e outubro de 2020, passando de 47,4 para 52,0 pontos.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamentos diferenciados. As indústrias de pequeno porte apontaram estabilidade na produção; estoques de produtos finais estáveis e abaixo do planejado. Quanto às expectativas para os próximos seis meses, estas esperam aumento na demanda, nas compras de matérias-primas e nas exportações e estabilidade no número de empregados. Já as médias e grandes empresas assinalaram queda na produção, estoques em alta e acima do nível desejado. Quanto aos próximos seis meses, estão pessimistas no que diz respeito à evolução do número de empregados, às compras de insumos e à quantidade exportada de seus produtos, mas esperam estabilidade na demanda.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 22/11 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se neste comportamento divergente em algumas variáveis: a produção industrial ficou estável pelo segundo mês seguido (indicador de 50,1 pontos); o emprego continuou crescendo, mas em ritmo bem mais moderado do que nos meses anteriores; os estoques aumentaram e atingiram o nível planejado pelas empresas, após quase dois anos; e os empresários têm expectativas otimistas em relação ao número de empregados, às compras de matérias-primas e às exportações nos próximos seis meses.

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