Repotencialização dos parques eólicos, construção de parques híbridos (solar + eólica) e a produção offshore. O futuro da geração de energias renováveis no Brasil – assim como o presente – terá forte participação do Rio Grande do Norte. O estado potiguar está fundando bases para permanecer protagonista no setor, e especialistas apontam para o potencial de expansão na terra e no mar.
Com atual capacidade de geração de 5,5 GW de energia eólica, o RN ainda tem espaço para crescer. Segundo o senador Jean Paul Prates(PT-RN), especialista no setor, somente um terço das melhores áreas possíveis de exploração eólica do estado foram utilizadas. “Isso das localidades com melhor capacidade de produção, as tipo A. Fora essas, ainda há as tipo B, que, mesmo sendo menos privilegiadas de vento, ainda se equiparam a muitas áreas tidas como mais produtivas de outros estados brasileiros”, acrescenta o senador.
Segundo Darlan Santos, presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), a expectativa é de que em oito anos o Rio Grande do Norte dobre a sua capacidade de produção eólica instalada em terra.
Para além dessa movimentação, há ainda outros fatores que devem incrementar o setor. Um deles é a chamada repotencialização. De acordo com o que explica o senador Jean, alguns dos parques eólicos do RN foram instalados já há quase 20 anos e devem começar a fazer reinvestimentos. “Basicamente, é a troca das máquinas de menor porte pelas mais potentes, gerando o dobro de energia por máquina”, esclarece o parlamentar.
Jean afirma que essa repotencialização não só aumenta a capacidade instalada dos parques, como também gera um novo ciclo de obras. “É uma nova obra, um novo ciclo que vai gerar novamente empregos, receita etc.”, complementa. Não houve ainda casos de repotencialização no Brasil e, ainda conforme diz o senador, o Rio Grande do Norte deve ser o primeiro lugar em que esse processo vai acontecer. “Mais uma vez o pioneiro”, reforça.
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