Foto: reprodução
Quebrando portas, uma família na Colômbia removeu o corpo de um parente do hospital onde ele morreu em razão da Covid-19, segundo a mídia local, nesta quinta-feira, dia 8. Depois, os envolvidos pediram desculpas publicamente.
O objetivo da ação, considerada pelo governador do departamento de Magdalena como vandalismo, foi oferecer um “enterro cristão”, sem cumprir o protocolo durante a pandemia. O morto foi identificado como Ramón Eliécer Quintero Quinchilla, de 59 anos, informou o portal “RCN”.
O corpo foi levado de maca por familiares ao longo de sete quarteirões até o cemitério, conforme mostram as imagens que repercutem nas redes sociais.
“Peço desculpas ao município, não somos vândalos, mas como pobres temos que agir assim para que eles nos escutem”, disse Rosa Katherine Quintero, a filha mais velha, ao jornal “El Heraldo”, acrescentando que a família vai arrecadar uma quantia junto à comunidade onde mora para pagar os danos ao hospital.
Como justificativa, os parentes contrariaram o laudo médico e disseram que Ramón não estava com Covid-19, mas que sofria de problema respiratório. De acordo com a mídia local “RCN News”, o paciente havia sido testado positivo para o coronavírus e faleceu em razão da Covid-19. Por causa da pandemia, ele deveria ter sido sepultado seguindo as medidas sanitárias para evitar novas infecções.
Em nota, o Hospital San Rafael repudiou o episódio.
O governador do departamento Magdalena, Carlos Caicedo, repudiu o ocorrido no Hospital San Rafael de Fundación e defendeu a abertura de um inquérito pela suposta omissão das unidades policiais responsáveis pelo controle da ordem pública e convivência no município.
“Vamos pedir à Procuradoria-Geral da República que proceda à investigação da omissão cometida pelas autoridades municipais”, afirmou. “Compreendemos a angústia dos familiares, mas apelamos a todos para que cumpram com a sua obrigação de respeitar os protocolos de biossegurança e as normas estabelecidas pelas autoridades, para proteger a vida, saúde e integridade física das pessoas e respeito ao corpo médico do serviço”, postou ele no Twitter nesta quinta-feira, dia 8.
Extra
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