sábado, 18 de janeiro de 2020

Seca já abrange todo o território do Rio Grande do Norte, diz estudo



O fenômeno da seca encerrou 2019 abrangendo todo o território do Rio Grande do Norte, segundo o Monitor de Secas, ferramenta da Agência Nacional de Águas (ANA) de acompanhamento dos impactos causados da estiagem no Nordeste.
Segundo o estudo, o Rio Grande do Norte sofreu com a expansão da área de seca grave em áreas do Médio Oeste e Seridó. Além disso, houve o aumento da área de seca fraca ao longo da região litorânea do Estado.
Já no restante do território potiguar, não houve alterações na intensidade da seca, seguindo com o fenômeno de seca moderada. Com isso, os impactos são de estiagem de curto prazo no leste potiguar e de curto e longo prazos em todas as demais áreas do estado.
Além disso, em dezembro de 2019, de acordo com a ANA, houve um aumento da área e da gravidade das secas em comparação a novembro. Desta forma, todo o território potiguar passou a registrar seca.
O Monitor de Secas foi desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas em todo o Nordeste e outros três estados – Tocantins, Minas Gerais e Espírito Santo.
Em dezembro de 2019, os maiores volumes de chuva foram observados no centro-sul de Minas Gerais, em grande parte de Tocantins e em pontos isolados do Espírito Santo, onde houve acumulados de precipitações entre 100mm e valores acima de 200mm.
No Nordeste, os maiores volumes foram registrados no centro-oeste e sul da Bahia, oeste do Piauí e em pontos isolados do Maranhão, onde foram observados acumulados também variando entre 100mm e 200mm. Já entre o Ceará e o centro-norte da Bahia, o predomínio foi de pouca ou nenhuma chuva, com acumulados inferiores a 50mm.
Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por este tipo de fenômeno climático. A ferramenta foi concebida com base o no modelo de companhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final.
A metodologia utilizada no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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