O Centro Integrado de Serviços em Saúde – Unidade Pescadores está sem lanceta e fita para diabéticos, como a técnica em enfermagem Ilza Bezerra. Semanalmente ela vai ao centro de saúde, no bairro das Rocas, na Zona Leste de Natal, para buscar os materiais, mas desde 25 de novembro de 2019 é informada que eles estão em falta. Unidade fica no antigo Hospital dos Pescadores.
Diante da situação, Ilza e outros 30 diabéticos estão organizando uma manifestação em frente a unidade de saúde, às 16h desta sexta-feira, 10. “Precisamos lutar pelo que a gente tenha acesso ao nosso tratamento, que é um direito. Só vai na base da luta, mesmo”, enfatizou.
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal confirmou a falta dos materiais e que “já está trabalhando para normalizar a situação”. Segundo a secretaria, não estrega é por problemas com o fornecedor e que, possivelmente, será lançado um edital para contratação de outra empresa. Não informaram as datas para o processo.
Moradora do bairro da Redinha, na Zona Norte de Natal, Ilza diz “que é um absurdo ter que atravessar a cidade e receber o retorno que não tem lanceta e fita”. Segundo ela, nesta última semana chegou 78 unidades de lanceta, mas que pessoas como ela ficaram sem, pois alega que havia cerca de 300 diabéticos sem fazer o registro da glicose.
As lancetas são dispositivos estéreis, epirogênicos e não tóxicos de uso único indicados para obter amostras de sangue capilar para testes sanguíneos, como o de glicose. Já a fita é usada para registrar a glicose encontrada nos testes. “Em janeiro vou para minha médica sem registrar a glicose há quase 3 meses. Como ela vai avaliar meu tratamento e determinar a quantidade de insulina?”, questionou em tom de revolta.
Por mês, Ilza precisa de 100 lancetas e fitas para fazer o tratamento adequadamente. “Eu estou tomando a insulina, mas é necessário fazer o registro da glicose. Já sinto dormências nas mãos e nos pés. Não posso gastar meu salário com o tratamento. 50 unidades custam R$ 250,00”, comentou.
Até a publicação desta matéria, a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Natal não deu retorno de quais são os problemas com o fornecedor e de onde vem os recursos para comprar os materiais citados. O espaço segue disponível.
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