quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Com retroescavadeiras e segurança reforçada, empresa começa a demolir Hotel Reis Magos, em Natal



Com o uso de duas retroescavadeiras e reforço de guardas municipais para garantir a segurança no local, foi iniciada na tarde desta quarta-feira, 8, a demolição do Hotel Reis Magos, na Praia do Meio, em Natal. A autorização para a derrubada do prédio foi dada nesta manhã, pela Justiça. Todo o trabalho deve durar até sete dias.
Com o alvará para a demolição, a empresa Hoteis Pernambuco S/A,
proprietária do imóvel, deu início ao processo de derrubada. O prefeito Álvaro Dias acompanhou o início dos trabalhos da empresa contratada para a demolição. Para ele, o prédio abandonado estava prejudicando a cidade.
“Na minha opinião, que é corroborada por estudos técnicos, os escombros do Hotel Reis Magos eram entrave para o desenvolvimento. Agora, ele vai vir baixo, para alegria e felicidade da população. Com isso, vamos poder permitir o avanço. A participação da Prefeitura neste processo se explica por ter expedido o alvará de demolição, após a decisão da Justiça e das informações dos órgãos técnicos [Iphan e os conselhos Municipal e Estadual de Cultura]”, explicou.
“Este monstrengo não coaduna com a cidade do Natal. Deve vir ao chão para permitir o desenvolvimento e o progresso. Não perdemos patrimônio histórico. Isso aqui [o hotel] é um atentado à vida humana”, detalhou.
Ainda pela manhã, a Prefeitura do Natal iniciou a articulação para demolir o Hotel Reis Magos, após o Governo do Estado não se posicionar sobre o tombamento do prédio.
O desembargador Vivaldo Pinheiro, do TJRN, havia determinado, em dezembro de 2019, prazo de 15 dias para que o Governo do RN finalizasse o processo administrativo em que é discutido o tombamento do prédio.
Na liminar, informava que caso o Estado não se pronunciasse no prazo determinado, a Prefeitura do Natal estaria autorizada a expedir o alvará para que o Grupo Hotéis Pernambuco, proprietário da estrutura, fizesse a demolição.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer, devido à complexidade do debate em torno do tombamento do Hotel Internacional Reis Magos, com a consequente manutenção ou não da estrutura predial, seria impossível uma deliberação no prazo concedido pela decisão judicial.

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