Caso de cão enterrado vivo vai parar na Justiça com dois indiciados

Duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil sob suspeita de terem enterrado o cachorro Dogão vivo na Barra de São Miguel, no Litoral Sul de Alagoas. O inquérito concluiu que o amigo do dono do animal foi responsável por enterrar o cachorro com o consentimento do próprio dono. Ambos, cujos nomes não foram divulgados, afirmam que pensavam que o animal já estava morto. As investigações foram concluídas e encaminhadas nesta terça-feira (15) para o juizado de São Miguel dos Campos.

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De acordo com o delegado José Carlos Sales, a polícia identificou os suspeitos através de denúncias e depoimentos de testemunhas. Nesta terça-feira (15), tanto o dono do animal quanto o amigo se apresentaram na delegacia acompanhados pelo advogado. O delegado disse que, em depoimento, o amigo – suspeito de ter enterrado o Dogão – afirmou que só teria feito isso porque o dono pediu para ele olhar o animal em sua residência enquanto ia a Maceió. O cachorro tinha adquirido uma grave enfermidade que o deixara debilitado.

O amigo, ao verificar o estado de saúde de Dogão, antes chamado pelo nome Fred, percebeu que ele estava imóvel, sem expressão e, por isso, achou que ele estivesse morto. O delegado José Carlos Sales afirmou que, em depoimento, o suspeito de enterrar o cão disse que ligou para o dono e afirmou que o animal já tinha falecido. O dono, então, autorizou que ele enterrasse o animal. Segundo o delegado, a história foi confirmada pelos dois.

Segundo o delegado, o amigo foi indiciado por enterrar o animal, enquanto o dono foi reconhecido como coautor do crime. Eles ficarão em liberdade por este ser considerado um crime de menor potencial ofensivo.

Integrantes do Projeto Acolher resgataram o cachorro da raça rottweiller. O animal foi encontrado depois que moradores denunciaram a situação. De acordo com as publicações do Projeto Acolher no Instagram, Dogão foi encontrado depois que pessoas ouviram o choro do animal e o desenterraram. Ele estava coberto por terra e com uma corda amarrada em uma de suas patas.

O animal tem aproximadamente 10 anos, está debilitado, mas com a ajuda de voluntários está conseguindo, aos poucos, comer e tomar água sozinho. Além do Dogão, o Projeto Acolher cuida de mais 500 animais abandonados, mutilados ou resgatados de maus-tratos.