domingo, 25 de novembro de 2018
982,4 mil potiguares estão inadimplentes
A recessão que abalou a economia nacional chegou ao fim mas os reflexos ainda são sentidos no mercado. Com o desemprego ainda em alta, o número de inadimplentes no Rio Grande do Norte saltou de 921 mil em outubro de 2017 para 982,4 mil no mês passado. São 61,4 mil pessoas a mais na lista dos negativados, conforme dados do Serasa Consumidor. A variação, no período, foi de 6,6%.
Em todo o Brasil, somente em outubro, o crescimento da inadimplência foi de 4,22%. Em números absolutos, estima-se que 62,89 milhões de brasileiros estejam com o CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
“Esse elevado número de consumidores inadimplentes, somado às incertezas econômicas relativas ao mercado de trabalho, tais como o alto número de desempregados e os atrasos nos pagamentos dos servidores públicos, têm uma combinação muito danosa na economia como um todo, na medida em que as pessoas inadimplentes não conseguem parcelar suas compras, porque tem seus nomes nagativados, e aqueles consumidores que não estão inadimplentes, sentem-se receosos em adquirir novos produtos, ou seja, assumir novas dívidas”, analisa o especialista em Gestão, Francisco Hedson da Costa.
Ele alerta, ainda, para que os consumidores com dívidas em aberto e nome negativado utilizem o recurso extra do 13º salário para a quitação dessas despesas sob a possibilidade de negociação dos juros acumulados. “Se o indivíduo está inadimplente, ele deve evitar novas compras, principalmente, de produtos mais supérfluos, devendo adquirir somente aquilo que for realmente essencial. A prioridade de quem está inadimplente deve ser a quitação ou a renegociação, em melhores condições, de dívidas que estão em atraso, principalmente, daquelas que cobram juros elevados, tais como cartão de crédito, cheque especial, crediário e empréstimos bancários”, alerta Costa.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a inadimplência do consumidor continua elevada mesmo com o fim da recessão, pois a recuperação econômica segue lenta e ainda não impactou de forma considerável o mercado de trabalho. “A retomada do ambiente econômico acontece de forma gradual e ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de pendências quanto na propensão ao consumo das famílias”, analisa o presidente.
Tribuna do Norte
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