terça-feira, 21 de agosto de 2018

Enterro do cantor da Banda Torpedo ocorreu na tarde desta segunda-feira (20) sob forte clima de comoção

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Uma multidão emocionada se despediu, nesta segunda-feira (20), do vocalista da Banda Torpedo Deivison Kellrs, 30 anos,  que faleceu no último domingo, vítima de câncer no fígado. O enterro do artista, que lotou o Cemitério de Santo Amaro, foi acompanhado pelos fãs como se fosse o último show dele.
Os sucessos do grupo foram cantados em coro pela massa de admiradores, que disputou cada centímetro da área onde o corpo do cantor foi sepultado. Lágrimas, muitos aplausos e até vaias – direcionadas aos seguranças do cemitério – acompanharam o cenário de saudade e homenagens.
A música Fase Ruim, com o refrão “meu amor, não me deixe”, foi o hino absoluto da despedida. Desde o velório na Câmara Municipal do Recife até o cortejo do corpo em um caminhão do Corpo de Bombeiros, o hit da Torpedo foi cantado inúmeras vezes por fãs de diversas idades e locais. Carina Barros, 25 anos, saiu de bicicleta de Chão de Estrelas, no bairro de Campina do Barreto, para acompanhar o enterro do ídolo. “Era o meu cantor preferido. Dá uma dor no coração ouvir todo mundo cantando junto em homenagem a ele”, disse ela, emocionada.
Andréa de Cássia, 46 anos, deixou Igarassu, onde mora, para se despedir do cantor. Na tentativa  de conseguir um lugar onde pudesse observar melhor o enterro, foi alvo de várias reclamações no auge do aperto entre os fãs. “Valeu a pena. Ele era humilde, era do povo. Vai ficar na minha memória”.
A falta de espaço para acomodar tanta gente também gerou situações de tensão durante o sepultamento. O caixão com o corpo do cantor inicialmente não coube no compartimento que, aparentemente, era um ossário. Um revestimento interno de plástico teve que ser retirado para que o caixão coubesse. Enquanto isso, uma funcionária da segurança do cemitério tentou afastar a multidão disparando para cima um taser (espécie de arma não letal) de eletrochoque. Ação da segurança desencadeou um rápido tumulto e a funcionária, bastante hostilizada por parte dos presentes, precisou ser escoltada para deixar o local.
Já família de Deivison encontrou conforto dos braços dos admiradores do artista. Marcos Antônio, pai do cantor, foi ovacionado e chamado de “guerreiro” pela multidão. “Deivison deixa uma mensagem de luz e amor. Essas pessoas estão aqui porque ele tocava no coração delas. Estou muito agradecido”, declarou o pai.

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