Quatro das dez atividades analisadas pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) venderam mais em abril, na comparação com março, na série com ajuste sazonal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês, o varejo cresceu 1% e o varejo ampliado, que inclui das vendas de veículos e material de construção, subiu 1,5%.
A principal influência positiva foi a do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentou aumento de 0,9% nas vendas, após 6% de queda acumulada nos dois meses anteriores. Esse segmento representa cerca de 30% de todo o comércio no país, tomando-se o conceito ampliado.
“A redução da inflação de alimentos e vestuário afeta de forma positiva o consumo, na medida em que há uma recomposição da renda real, mesmo com a ocupação em queda. É um cenário que traz algum alento”, afirmou Isabella Nunes, gerente da coordenação de serviços e comércio do IBGE.
O bom desempenho das vendas nos supermercados puxou também o varejo ampliado, apesar da queda de 0,3% em automóveis e de 1,9%, nas vendas de material de construção.
Isso ocorre porque as vendas dos supermercados têm peso maior no comércio do que veículos, motocicletas, partes e peças, que respondem por 24% do varejo. Além disso, nota Isabella Nunes, cada atividade recebe um ajuste sazonal específico, o que também pode ter contribuído para essa diferença do resultado ampliado em relação aos segmentos que são incluídos na sua conta.
Contou positivamente no mês, de acordo com a economista do IBGE, os saques das contas inativas do FGTS em abril. “A redução da inflação e algum recurso de liberação do FGTS têm impacto em atividades que são básicas, como supermercados e vestuário, embora parte desses recursos seja usada para pagamento de dívidas”, explicou a gerente.
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