A similaridade também é grande em outro ponto: quase um quarto (22%) dos que pretendem comprar presentes afirmam não ter decidido o que dar, exatamente o mesmo porcentual registrado em 2015. Os itens pessoais e de menor valor, como calçados, bolsas, roupas e acessórios, têm 40% da preferência desses consumidores. Já as joias, perfumes, cosméticos e bijuterias são as opções de 22%, enquanto as flores correspondem a um universo de apenas 8%. “A pesquisa reforça o apelo que essa data comercial tem junto aos consumidores, que vão priorizar compras à vista – em outras palavras, itens de menor valor. Isso acontece em virtude das incertezas que pairam nesse momento sobre a economia e a política do Brasil”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp), em nota divulgada à imprensa.
A grande diferença em relação à pesquisa do ano passado é o aumento da intenção em adquirir bens duráveis. Os produtos da linha branca, como geladeira, máquina de lavar, micro-ondas e fogão, foram lembrados por 8% dos consumidores, contra apenas 4% em 2015. Já o item chamado “Outros eletrodomésticos”, que não teve citações no ano passado, agora foi apontado por 4% dos entrevistados.
“Sabemos que, em decorrência da insegurança e do difícil acesso ao crédito, os bens duráveis não estão nos planos imediatos dos consumidores. O que a pesquisa indica, contudo, é que eles ainda têm o desejo de comprar esses itens para a mãe e para o lar. Ou seja, quando a situação econômica melhorar, essas compras devem se concretizar”, analisa Burti.
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