Quem nunca teve que gastar um bom dinheiro para consertar a tela quebrada do celular? A boa notícia é que uma equipe de pesquisa do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia (KIST), na Coreia do Sul, está trabalhando para que esse problema esteja com os dias contados. O grupo desenvolveu um material para tela de smartphone que se autorrepara em casos de rachaduras ou outros danos físicos. O projeto foi relatado na última edição da revista internacional Composite Part B: Engineering.
A poli-imida incolor tem excelentes propriedades mecânicas, elétricas e químicas, segundo os pesquisadores. Além de ser transparente como o vidro, ela é resistente à tração e não apresenta riscos, mesmo depois de dobrar centenas de milhares de vezes. Por isso, é muito comercializada e usada em produtos móveis, como telas dobráveis e flexíveis, e também é popularmente usada na indústria aeroespacial e células fotovoltaicas.
O material desenvolvido na Coreia do Sul é feito à base de óleo de linhaça extraído das sementes da planta do linho. Esse óleo endurece fácil à temperatura ambiente de 25ºC, portanto, é amplamente utilizado como material de revestimento na preservação de peças de arte.
Os pesquisadores fabricaram microcápsulas carregadas com óleo de linhaça e, em seguida, criaram camadas superiores de cicatrização misturando as microcápsulas fabricadas com silicone e revestindo-as com poli-imida incolore. No material desenvolvido pela equipe, as microcápsulas se rompem quando ocorre um dano mecânico e, então, o óleo de linhaça vaza e segue para a área danificada, onde endurece e “cicatriza”.
“Há uma importância no fato de termos sido capazes de desenvolver uma poliimida incolor de autocura que pode resolver radicalmente as propriedades físicas e a vida útil de materiais poliméricos danificados e que apresentamos a faixa de aplicação do material, como telas flexíveis e dispositivos de material eletrônico”, dizem os autores, em comunicado.
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