Natal ficou na 14ª posição entre as 27 capitais do Brasil, em um ranking sobre acessibilidade e caminhabilidade, divulgado pela Mobilize Brasil, um portal de conteúdo exclusivo sobre Mobilidade Urbana Sustentável. A classificação da capital potiguar foi exposta no relatório final da campanha “Calçadas do Brasil 2019”.
O relato resume os resultados de avaliações realizadas entre março e julho deste ano. Este parecer é efetuado sob a colaboração de dezenas de pessoas que “mediram” a qualidade da infraestrutura destinada ao pedestre nas cidades.
A média geral de Natal foi 5,78. No relatório, a capital é classificada como uma cidade que “não é exatamente amiga do pedestre”. De acordo com a Mobilize, a cidade poderia ter uma boa avaliação caso não tivesse tantos “obstáculos” em suas calçadas. Outro fator observado, foi o desgaste das faixas para travessias de pedestres e a ausência de semáforos para esta finalidade.
“Cidade turística, com grande número de visitantes, Natal não é exatamente uma cidade amiga do pedestre. As calçadas avaliadas têm pisos com qualidade regular e larguras médias entre 2 e 3 metros. Seriam boas, salvo pelo excesso de postes e outros obstáculos que em alguns locais dificultam a livre circulação. Faixas de travessia existem, mas frequentemente estão desgastadas, e semáforos de pedestres são peças raras na cidade”, apresentou a Mobilize em seu relatório.
A ausência de semáforos para pedestres fez com que a capital do Rio Grande do Norte obtivesse a média zero, ficando na última colocação entre todas as capitais do Brasil neste quesito.
As melhores avaliações da capital potiguar foram as do Calçadão de Capim Macio, na Av. Engenheiro Roberto Freire, a da Praça Ubaldo Bezerra, na Av. Senador Salgado Filho e na Orla de Ponta Negra, que fica na Rua Erivan França. Todas com notas iguais ou superior a sete.
Já as piores notas ficaram com a Escola Desembargador Floriano Cavalcante, Av. Santos Dumont, além da Praça da Av. Senador Salgado Filho e da Praça Sesc Potilândia, também na Salgado Filho. Estas foram todas avaliadas com a pontuação inferior a cinco.
As avaliações da Mobilize foram realizadas por estudantes, professores, ativistas e pesquisadores universitários. A pesquisa, por sua vez, é inédita no Brasil. São Paulo obteve a melhor média do relatório, com a nota de 6,93. A cidade de Belém, no Pará, foi a última colocada com uma média de 4,52. No Nordeste, João Pessoa foi a melhor colocada, na oitava posição com uma média de 6,23.
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