segunda-feira, 16 de abril de 2018

Bispos criticam exclusão do RN de programa de cisternas do Governo Federal


Cisternas no interior do Estado (Dom Jaime)

Em nota dirigida aos senadores e deputados federais do Rio Grande do Norte, o arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e outros bispos do Estado, cobraram um “maior esforço” da bancada federal para garantir e liberar recursos financeiros para a execução do programa de cisternas – Água na Escola, em nosso Estado, no valor de R$ 10 milhões. Segundo os bispos, o “programa de cisternas, sem nenhuma dúvida, tem se mostrado eficiente e eficaz, não somente para armazenar a águas das chuvas, mas, também, para dar suporte na distribuição de água transportada pelos carros-pipa”.

Essa cobrança ocorre porque o edital do Ministério do Desenvolvimento Social, o qual previa a seleção de entidades sem fins lucrativos para a execução do Programa de Cisternas, a entidade selecionada para executar o programa, no Rio Grande do Norte, foi a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC). “Estranhamente, no momento em que foi apresentado o Plano de Trabalho pela AP1MC, o Estado Potiguar foi excluído por orientação do MDS, sem nenhuma explicação plausível que justifique tão gravosa decisão”, apontou a nota dos bispos.

Segundo os representantes da igreja, “excluir o Rio Grande do Norte de mais uma oportunidade de executar as tecnologias sociais de convivência com o semiárido, é contribuir para o agravamento ainda mais da escassez de águas para as famílias que vivem da agricultura familiar, no momento em que o Estado atravessa um dos piores ciclos da seca, que já perdura por seis anos. Dados recentes dão conta que dos 163 municípios, 95 estão sem água, já que suas fontes de abastecimento entraram em colapso total. Hoje, dependem de carros-pipa para amenizar a falta d´água para o consumo humano e animal”.

A nota é assinada pelo Arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha, por Dom Mariano Manzana, bispo diocesano de Mossoró; e por Dom Antônio Carlos Cruz Santos, bispo diocesano de Caicó; e pelos arcebispos eméritos, Dom Heitor Sales e Dom Matias Patrício.

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