quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

SEM MANUTENÇÃO HÁ MAIS DE 28 ANOS, PONTE DE IGAPÓ SOFRE EROSÃO E RECEBE TRÁFEGO ACIMA DA CAPACIDADE

A imagem pode conter: atividades ao ar livre e água

Construída a 47 anos, a Ponte de Igapó, que liga a Zona Norte às demais regiões de Natal, não passa por reparos desde 1990 e opera acima da carga prevista para a estrutura. As informações foram colhidas por um grupo de estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em uma visita técnica, os pesquisadores também constataram danos causadas pelo meio ambiente, pela ausência de reparos e pelo impacto das cargas que circulam na ponte.
De acordo com os pesquisadores, foram encontradas desagregação do concreto, oxidação (enferrujamento) dos pilares e algumas perfurações nas estacas de fundação. A dinâmica da maré, a salinidade, e a erosões provocada pela água e pelo vento são, em grande parte, os fatores responsáveis pela corrosão das ferragens e degradação da estrutura.
Apesar disso, por enquanto, a ponte não corre risco de desabamento. Para os estudiosos, também não é possível apontar quando isso poderia acontecer. "Não é possível datar quando uma estrutura vai entrar em colapso", diz Jhonathan Lima, do Grupo de Pesquisa em Dinamicas Ambientais, Risco e Ordenamento do Território (Georisco).
A ponte tem 606 metros de extensão, 12,6 metros de largura e recebe um fluxo de 37 linhas de ônibus municipais, 14 linhas de ônibus interurbanos, 13 viagens diárias de trem, além do tráfego de aproximadamente de quase 80 mil veículos diariamente, sendo que ela foi projetada para 60 mil. “A ponte de Igapó opera em uma capacidade de carga muito maior do que a prevista em seu projeto. Isso implica diretamente nos desgastes das estruturas, que também sofrem influência de agentes naturais erosivos”, explica Jhonathan.
A última manutenção da estrutura foi realizada em 1990, segundo o DNIT.

Nenhum comentário:

Postar um comentário