Muitas famílias com filhos no ensino fundamental e médio, que ainda não anteciparam a compra do material escolar, estão quebrando a cabeça para encaixar mais esse custo no orçamento. Só os livros didáticos e paradidáticos vieram este ano com um reajuste médio de 15% depois de dois anos de relativa estabilidade nos preços.
As distribuidoras de Natal já sentiram um recuo nas vendas na semana passada, mas desde esta segunda-feira, 8, o movimento voltou a aquecer à medida em que se aproxima a volta das aulas, em fevereiro.
“É um retorno ainda tímido, mas que deve ir melhorando gradativamente”, diz Bira Marques, proprietário da Livraria Câmara Cascudo, uma das que mais realizam promoções nesta época do ano.
Segundo ele, muitas família anteciparam a compra da lista do material em dezembro – inclusive, encomendando os livros – se aproveitando do 13º salário. Mas, na primeira semana de janeiro, as vendas caíram perto de 30% muito em função do atraso dos salários do funcionalismo público.
Outras distribuidoras ouvidas pelo Agora RN confirmaram essa queda. Galba Fragoso, gerente da Livraria Arco Iris, disse que a crise financeira certamente obrigará muitas famílias a começar comprando só parte dos livros pedidos nas listas das escolas. “É normal que isso aconteça e vá se restabelecendo nas semanas seguintes ou meses seguintes”, afirmou.
Diante do problema, Bira Marques, da Câmara Cascudo, resolveu passar para sua área de vendas a recomendação de um exame caso a caso por parte dos vendedores de todos os clientes que manifestarem alguma dificuldade em adquirir a lista integral dos filhos.
“Não é só uma questão de fechar venda, mas uma forma de abrir um novo canal de negociação que entenda o momento de crise das famílias a partir, é claro, das nossas possibilidades”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário