Revisor do caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o desembargador Leandro Paulsen acelerou o processo do petista na Corte. Na quarta-feira (24), Lula teve a condenação do juiz Sergio Moro mantida por unanimidade pelos três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, que ainda aumentaram a pena dele de nove anos e seis meses de prisão para 12 anos e um mês de prisão. De acordo com o site Justificando, que teve acesso ao sistema informatizado do Tribunal, havia 257 processos na fila para revisão de Paulsen no dia 13 de dezembro de 2017, quando ele pediu data para julgar o caso de Lula. Ainda segundo o site, quando fez o pedido, o desembargador tinha passado apenas seis dias úteis examinando o caso, apesar de o processo ter dezenas de milhares páginas e um grande volume de vídeo de audiência. A publicação apontou também que todos os casos deixados para trás são mais antigos que o do ex-presidente muitos tratam do mesmo crime. Pelo sistema público do TRF-4, é possível constatar, mais uma vez, que os processos listados estavam conclusos ao revisor no dia 13 de dezembro. Ao começar a sessão, Paulsen, também presidente da Turma, justificou a celeridade do caso com base em metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para 2018, que pediu prioridade na tramitação de processos sobre corrupção. No entanto, conforme o Justificando, a resposta de Paulsen traz um equívoco, já que as metas do CNJ dizem respeito às ações penais distribuídas até 31/12/2015, anteriores à Lava Jato e se aplicam a todos os processos de corrupção. (BN)
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