quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Prazo acaba e muro para separar facções em Alcaçuz não fica pronto

Muro de concreto que separa facções em Alcaçuz não foi concluído   (Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)
Acaba nesta quarta-feira (22) o prazo estabelecido pelo governo do Rio Grande do Norte para a construção de um muro de concreto separando as facções criminosas que disputam poder dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do estado.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. A unidade foi palco de um massacre em janeiro. Pelo menos 26 detentos foram mortos. Destes, 15 foram decaptados. Na intenção de conter a violência, um muro de concreto deveria dividir os grupos rivais. A estrutura começou a ser erguida no dia 8 de fevereiro e deveria ficar pronta em 15 dias, mas não ficou. No local, um muro de contêineres faz a vez do concreto.
De acordo com o governo do estado, o muro de concreto deve separar os pavilhões 1, 2 e 3 (ocupados por membros do Sindicato do RN) dos pavilhões 4 e 5 (dominados pelo PCC). A rivalidade entre facções dentro do presídio de Alcaçuz custará R$ 794.028 aos cofres do Estado.
O governo informou que o muro, quando pronto, terá 90 metros de extensão por 6,40 metros de altura a partir de uma base de 80 centímetros de largura. O custo da parede inclui a fabricação, transporte e execução de blocos modulares. A estrutura é feita com blocos pré-moldados, o que facilita e agiliza a instalação e eventual retirada da estrutura.
Reforma
Inaugurada em 1998 com foco na "humanização", a penitenciária de Alcaçuz está sem grades nas celas desde uma rebelião em março de 2015. Resultado: os presos circulam livremente dentro dos pavilhões. Já os agentes penitenciários, se limitam a ficar próximos à portaria.
Em janeiro, o governador Robinson anunciou que serão tomadas apenas medidas mínimas necessárias para manter Alcaçuz enquanto são concluídas as obras dos demais presídios e que não será investido mais dinheiro na penitenciária, que será desativada. Elas estão sendo executadas pela Sejuc.
"Com recursos próprios da secretaria, estamos reformamos as celas, tapando buracos e reforçando piso. O principal é que estamos adotando o procedimento padrão: os presos estão seguindo as regras internas do presídio, e os agentes penitenciários estão sendo treinados para quando a força-tarefa se retirar de Alcaçuz eles consigam dar continuidade ao trabalho", disse o titular da pasta, Wallber Virgolino.

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