O caso aconteceu no Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Curitiba, no Paraná, quando Frankielen Zampoli, uma jovem de 21 anos, deu entrada no hospital com dois meses de gestação com uma hemorragia no cérebro. Três dias depois, os médicos diagnosticaram sua morte cerebral em decorrência do AVC. Pensando nos bebês que Zampoli carregava, um casal de gêmeos, os médicos decidiram manter a jovem viva com a ajuda de aparelhos.
Segundo informações do canal Massa News, os médicos consideram esse um caso único. No mundo há registro de apenas 30 casos semelhantes, onde viveram apenas 12 bebês, mas nenhum igual ao de Curitiba, com tempo de internamento tão longo e o nascimento de gêmeos prematuros, porém, saudáveis.
“Nós precisávamos manter a pressão adequada da mãe, a oxigenação adequada e manter todo o suporte hormonal e nutricional dela”, disse Dalton Rivabem, médico responsável pelo caso, que também emitiu uma nota informando detalhes do ocorrido.
Para Muriel Padilha, marido de Zampoli, ela ter conseguido manter os bebês se desenvolvendo mesmo com morte cerebral foi obra de Deus; “foi um milagre. O próprio médico falou que ‘médico crê na medicina’, mas ele acredita que foi um milagre de Deus. Foi mais milagre ela gerar os bebês do que ela acordar”, disse ele ao canal.
Durante os sete meses, familiares, amigos e a equipe de saúde do hospital tentaram reproduzir o que seria uma gestação normal para os bebês, mantendo o contato humano através de carinhos na barriga da mãe, músicas e declarações de amor.
Anna e Asaphe nasceram com 1,4 e 1,3 quilos, respectivamente, e permanecem internados na UTI neonatal do hospital para observações. A família, de origem humilde, comunicou que fará um chá de bebê aberto ao público no domingo, 05 de março, no Clube Serrinhense, em Serrinha.
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