sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Como é a cadeia no Japão?

**FILE*A Japanese prison guard patrols the hallway at the Fuchu Prison in Tokyo in this Jan. 24, 1997 file photo. A doctor at a prison in southern Japan regularly abused inmates physically, sparking a riot last month in which several guards were injured, lawyers for the inmates said in Tokyo Tuesday, Dec. 4, 2007. (AP Photo/Katsumi Kasahara, FILE)
Todo ser humano é suscetível a erros nessa vida. Quando se comete algum tipo de crime, por exemplo, a pessoa vai parar na cadeia e fica lá por determinado tempo para pagar pelo ato cometido e ser inserido novamente na sociedade.
Só que cadeia tem sido sinônimo de muita crítica e descontentamento de muitas pessoas. No Brasil, por exemplo, os brasileiros são um dos mais insatisfeitos com o sistema carcerário por alegarem mau funcionamento, eficiência em termos de recuperação de detentos, sem mencionar a qualidade de vida lá dentro e condições higiênicas e sanitárias, segundo um estudo publicado.
Mas saindo um pouco do Brasil, se formos analisar outros sistemas carcerários, o do Japão, por exemplo, você vai se surpreender sobre como funcionam as coisas por lá. A filosofia que coordena o processo carcerário no continente dos olhinhos mais puxados é bem diferente do que acontece em outros presídios ocidentais.
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Confira aí como é a cadeia no Japão:
Ao contrário do estilo de reeducação do sistema ocidental de prisão, no Japão, o foco principal é buscar levar o condenado ou condenada ao arrependimento pelo ato cometido. Eles acreditam que, por ter errado, a pessoa deixa de ser um ser humano honrado e precisa pagar por isso. O país possui um dos sistemas carcerários mais severos do mundo.
Lá tudo é bem autoritário mesmo. Segundo a cartilha de normas internas, o preso precisa pedir permissão para tudo em posição de sentido, dedos esticados, com o braço direito, tirar o boné com a mão esquerda e dizer “hanashimassu”, que significa “queria falar”. Se caso algum desobediente descumprir isso, será punido com alguns dias isolado na solitária.

 – Os métodos de punição

In this Nov. 17, 2010 photo, a prison guard watches elderly inmates having lunch at Onomichi Prison in Onomichi, Japan, near the city of Hiroshima. Welcome to the world of old-age prisons. Japan's population is aging faster than anywhere else, and with that has come an even sharper rise in elderly inmates. The elderly now represent 16 percent of the nation's inmates. (AP Photo/Itsuo Inouye)
Pode soar um pouco como grotesco ou assustador para os olhos de fora, mas por lá a organização e a limpeza ditam a lei mesmo e os presos possuem o que mais falta em celas de outros países; espaço. A lei japonesa determina que em cada cela permaneçam no máximo seis detentos. Lá, nenhum deles ficam sem trabalhar e não há tempo livre para que eles possam imaginar ou planejar fugas.
As normas rígidas por lá valem para todos os encarcerados, no entanto, os estrangeiros são a classe que mais sofrem por conta da discriminação.

– A rotina dos detentos

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A rotina lá tem hora para começar e é bem ao nascer do sol. O preso japonês começa a rotina logo às 6h50 min. Ele vai para oficina, onde trabalha na confecção de móveis ou brinquedos e retornam ao quarto, de onde saem de lá só no dia seguinte e isso já bem perto das 20h. Os banhos lá são quase escassos, eles acontecem duas vezes por semana, no verão, um a cada sete dias, no inverno e cerca de um só nos outros momentos fora estes citados.
Os quartos possuem pouca iluminação, além de cobertor, uma pia e um banheiro pequeno. As visitas são feitas sempre por meio de paredes de vidros e acompanhadas por guardas. Cartas ou mensagens devem ser encaminhadas com uma tradução no idioma e o detento deve falar apenas japonês.

– O drama do idioma para um estrangeiro que vai preso

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A disciplina lá é bem mais rígida, principalmente, com os presos ocidentais. Os japoneses afirmam que os ocidentais não sabem bem o que é ser disciplinado e menos ainda conhecem a disciplina japonesa. Como lá tem hora para tudo, seja comer, dormir, trabalhar, ver televisão, eles acabam não tendo direito de conversar(claro, tem a hora para isso, também), muito menos em sua própria língua.
Estrangeiro lá não pode se comunicar em seu próprio idioma, tem que ser apenas em japonês. Se você for um brasileiro ou brasileira, muito cuidado caso pensar em cometer algum crime por lá e nã

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