O vice-presidente Michel Temer praticamente fechou a definição do primeiro escalão de seu eventual governo, que poderá se tornar realidade no dia 12 de maio, caso o Senado confirme o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
A definição mais importante aconteceu no dia de ontem, quando Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, venceu a disputa interna contra o senador José Serra (PSDB-SP), que também almejava o Ministério da Fazenda. Temer avalia que Meirelles, que presidiu o Banco Central durante oito anos do governo Lula, simboliza a credibilidade diante do mercado internacional. Na Fazenda, Meirelles poderá também indicar o chefe do BC.
Em seu primeiro escalão, Temer também contaria com seus principais aliados, no PMDB, para a concretização do impeachment. Eliseu Padilha iria para a Casa Civil, tornando-se responsável pela articulação política. Moreira Franco comandaria o superpoderoso ministério da Infraestrutura, que uniria pastas como Transportes, Portos e Aviação Civil. Romero Jucá, por sua vez, assumiria o Planejamento. Além deles, Henrique Alves deve voltar para o Turismo.
Dos partidos aliados, o PSDB indicaria José Serra para a Educação, mesmo com resistências de políticos como Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Do PP, viriam os deputados Ricardo Barros (PP-PR), para a Saúde, e Cacá Leão (PP-BA), para a Integração Nacional. O Desenvolvimento, que desenvolve políticas de comércio exterior e está também acima do BNDES, deve ser ocupado por Paulo Skaf, atual presidente da Fiesp.
Tudo depende, evidentemente, da votação do relatório da comissão especial do Senado, no dia 12 de maio, que pode afastar a presidente Dilma temporariamente do cargo – até que seja julgado o mérito do processo de impeachment.
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