A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o percentual de famílias brasileiras que relataram ter dívidas a vencer caiu 0,7 ponto percentual em agosto, chegando a 77,4%. Isso representa o menor nível de endividamento desde junho de 2022, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Apesar da melhora no cenário do endividamento, o grau de inadimplência das famílias aumentou, com o percentual de consumidores com dívidas em atraso subindo de 29,6% em julho para 30% em agosto. Esse é o maior índice desde novembro de 2022, com 3 em cada 10 pessoas endividadas relatando compromissos atrasados.
Além disso, o percentual de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar dívidas de meses anteriores também aumentou, passando de 12,2% para 12,7% na mesma comparação. Esse é o maior nível registrado para esse indicador desde o início da série histórica da Peic, em janeiro de 2010.
A economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira, apontou que a queda da inflação e o aumento do emprego formal desde o ano passado têm ajudado os orçamentos familiares, levando a menos pessoas a recorrerem ao crédito. No entanto, os juros elevados e o aumento da quantidade de dívidas a vencer têm dificultado o pagamento de compromissos em atraso.
A CNC estima que o percentual de consumidores endividados continuará a diminuir nos próximos meses, chegando a cerca de 77% em setembro. No entanto, a tendência é que o endividamento volte a aumentar no final de 2023, encerrando o ano próximo a 78% do total de famílias no país.
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