Em 30 de setembro de 1998, a “água doce” chegava em Santa Cruz, encerrando um longo ciclo de séculos de desabastecimento. A luta começou pela Igreja Católica e sociedade civil, liderados pelos padres Monsenhor Expedito e Monsenhor Raimundo, respectivamente, de São Paulo do Potengi e Santa Cruz.
Depois de 25 anos, a luta pelas águas continua, e a Paróquia de Santa Rita de Cássia celebra uma Santa Missa em Ação de Graças pelo aniversário de inauguração da adutora na cidade.
A celebração será neste sábado, 30 de setembro, data exata da inauguração, às 10h, na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, no centro da cidade, na tradicional Missa do Agricultor, com transmissão pela Rádio Santa Cruz 98 FM, e nas plataformas digitais da TV Santa Rita (Santa Cruz), Paróquia de São Paulo Apóstolo (São Paulo do Potengi) e Arquidiocese de Natal.
“Não podemos esquecer dessa data tão importante que iniciou com Monsenhor Expedito e Monsenhor Raimundo, principalmente com o Centenário de Monsenhor Raimundo em curso, lembrando da luta destes grandes homens em favor do povo mais humilde, que eram aqueles que mais sofriam com a falta d’água”, destacou o Padre Vicente, pároco da Paróquia de Santa Rita de Cássia, que ainda faz menção aos projetos sociais que a Igreja Católica sempre acolheu e fomentou ao longo de décadas.
A Adutora Monsenhor Expedito nasceu da luta conhecida como “Água para Todos”, encabeçada pelo Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, em São Paulo do Potengi, que logo foi abraçada pelo poeta e escritor Hugo Tavares Dutra, junto a sociedade civil.
A Paróquia de Santa Rita viveu o fato mais polêmico, quando o Monsenhor Raimundo Gomes Barbosa fixou na facha da Igreja Matriz a seguinte faixa: “Água Sim, Voto Sim. Água não, Voto não.”.
Em plena campanha eleitoral de 1998, o movimento conseguiu pressionar a classe política, e as águas da Lagoa do Bonfim chegaram ao Agreste, Potengi e Trairi.
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