O coordenador do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação Afirmativa (Gemaa) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), professor João Feres Júnior, disse que a desigualdade racial é brutal no jornalismo brasileiro, embora haja também desigualdade de gênero. A afirmação foi feita ao comentar a pesquisa Raça, Gênero e Imprensa: Quem Escreve nos Principais Jornais do Brasil?, feita pelo grupo e divulgada neste mês.
A pesquisa mapeou o perfil dos profissionais que escrevem nos três maiores jornais impressos do país, Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo, e teve colaboração da Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação, associação que se dedica a combater a escassez de oportunidades para profissionais negros neste mercado.
Conforme a pesquisa, os jornais analisados mantiveram a maioria branca identificada em estudo feito em 2021, atingindo 84,4%, o que indica a existência de forte desigualdade racial. O segundo grupo mais numeroso no jornalismo brasileiro são os pardos (6,1%), seguidos dos pretos (3,4%), amarelos (1,8%) e indígenas (0,1%).
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