Foto: Pixabay/Ilustrativa
O Rio Grande do Norte registrou 25 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais em 2022. As informações constam no Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados também apontam que entre as regiões do país, o Nordeste fica à frente com 1.175 hospitalizações.
As crianças com desnutrição grave devem ser adequadamente diagnosticadas e necessitam de internação hospitalar até que este risco diminua e elas possam, então, ser acompanhadas em outros níveis de atenção à saúde, inclusive em domicílio. Nesse nível, é essencial que haja a ação efetiva do cuidador e o apoio deve ser dado por trabalhadores de saúde devidamente capacitados em reabilitação nutricional.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a desnutrição como a ingestão alimentar inadequada que resulta em déficit de peso e de estatura e deficiência de micronutrientes.
Os determinantes de saúde mais reconhecidos da desnutrição infantil incluem:
– Baixo peso ao nascer;
– Falta de aleitamento materno;
– Desnutrição materna e;
– Anemia da mãe e da criança.
A baixa escolaridade materna, renda familiar insuficiente, falta de saneamento básico, deficiências na realização do pré-natal, maior número de filhos e deficiências no acompanhamento pelos serviços de saúde das crianças que compõem o grupo de risco, também são motivos para a deficiência nutricional.
O Ministério da Saúde informa que a Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem papel essencial na identificação de indivíduos com desnutrição, na avaliação de fatores de risco, na orientação e no acompanhamento. A assistência à saúde para populações em situação de vulnerabilidade requer que os fatores de risco conhecidos sejam identificados e as ações para a prevenção da desnutrição sejam implementadas.
A pasta orienta que o pré-natal é a primeira oportunidade para promover ações de prevenção da desnutrição infantil no âmbito da APS. Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e a alimentação complementar saudável, com continuidade da amamentação até os 2 anos de idade, são algumas ações para prevenir essa condição. Entretanto, ainda dependem de medidas amplas, para além de ações no campo da saúde pública, que sejam eficientes no combate à pobreza e à fome.
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