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O BC (Banco Central) afirma que os juros reais igualaram o nível do 3º trimestre de 2015, quando atingiram 7,8%. As taxas são corrigidas pela inflação.
O percentual foi alcançado no final de 2022 e deve se manter no mesmo patamar no 1º trimestre de 2023. A estimativa está na carta que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, encaminhou em 10 de janeiro ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para explicar o estouro da meta de inflação no ano passado.
No mesmo documento, a autoridade monetária projeta uma trajetória de queda para os juros reais ainda em 2023. Segundo a expectativa do BC, a taxa deve cair a partir do 2º trimestre e atingir 6,9% até dezembro.
A tendência é de que mantenha a trajetória de queda, alcance 5,2% ao final de 2024 e 4,7% em 2025. A projeção é “ex-ante”, quando os juros anualizados são estimados com base nas projeções da taxa básica de juros, Selic, e a inflação dos próximos 12 meses.
No fim de 2020, a Selic estava em 2% e o juro real foi de -1,3%. De lá para cá, houve um crescimento de 9,1 pontos percentuais na taxa real, o que representa a maior alta dentro do regime de metas de inflação.
A Selic está em 13,75% e o percentual elevado vem sendo criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por aliados do chefe do Executivo.
Representantes do partido defendem a ida do chefe da autoridade monetária ao Congresso Nacional para explicar a política adotada à frente do BC.
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